“É uma cena muito triste. Vendo isso não temos como não chorar. Estamos falando de educação e educação é vida”, disse emocionada uma professora
Os gestores município de Guajará (AM) comemoraram a chegada da Unidade Básica Fluvial de Saúde com uma queima de fogos, num sinal de vitória da gestão, mas, na verdade a ação que garantiu a construção da unidade é do senador Eduardo Braga (MDB), que alocou recursos para atender a maioria dos municípios do interior do Amazonas com o benefício.
Depois de muita críticas por não terem respeitado o luto dos que perderam seus parentes no período da pandemia do Coronavírus uma simpatizante da gestão prometeu mais fogos para a quarta-feira, mas, até parece ação da providência divina, a UBS Fluvial encalhou e os foguetes tiveram que ser guardados até que haja um aumento no volume de água do Rio Juruá.
Na verdade, os gestores do município de Guajará, deveriam ter era vergonha de estarem concluindo o mandato de quatro anos e deixando ramais e escolas em situação precária como a da comunidade dos Carneiros, distante duas horas, de voadeira, da sede do município, que está em situação total de abandono e dentro do mato.
Agora, na conclusão do mandato, a exemplo do Ramal da 307, cujos produtores também foram abandonados, a Prefeitura de Guajará informa que a recuperação da estrada e da escola estão no planejamento de obras a serem realizadas e ainda que a comunidade está avisada e ciente da situação, conforme resposta da Assessoria de Imprensa.
É vergonhoso olhar as fotos encaminhadas pela comunidade que, ao contrário das desculpas dos gestores protestam contra o abandono, principalmente de uma escola que pela sua importância para a comunidade deveria ter tido prioridade de investimento considerando o grande valor repassado através do Fundo de Desenvolvimento da Educação (Fundeb).
Ao expor as fotografias da escola abandonada, encaminhadas por representantes da comunidade dos Carneiros, damos a oportunidade da sociedade se manifestar e fazer uma avaliação do descaso que a gestão do prefeito Ordean Silva e do vice-prefeito Adaildo Filho tem tratado as comunidades rurais em uma área de tanta importância como é a educação.
“É uma cena muito triste. Vendo isso não temos como não chorar. Estamos falando de educação e educação é vida”, disse emocionada uma professora que lamenta olhar a situação que se encontra a escola. Ela destaca que a sensação é de impotência e ao mesmo tempo de revolta com tanto descaso e irresponsabilidade da gestão municipal.
“Os alunos estudam num ambiente inadequado, salas quentes, sem ventiladores, goteiras no teto, paredes quase desabando e assoalho com peças velhas. Nesse ambiente tem o equipamento do Centro de Mídia onde são transmitidas as aulas, além das turmas do Ensino Fundamental que são atendidas pela prefeitura”, avalia ao mostrar sua revolta.