Depois da proibição para a abertura dos templos religiosos, por decreto do governo do Estado, o governador Gladson Cameli se sensibilizou e decidiu atender reivindicações ao flexibilizar a abertura em 20% e considerar a necessidade da população de continuar ter a possibilidade do apoio espiritual nas igrejas que frequentam.
O governo do Estado, no entanto, na mesma decisão, reforça a obrigatoriedade do uso da máscara, álcool em gel e o distanciamento social medida que pode muito contribuir para o enfrentamento e o controle da Covid-19 que tem causado tantas mortes em todos os municípios do Estado e precisa do apoio da população para que os números diminuam.
Representantes de duas Igrejas evangélicas falaram sobre a decisão do governador Gladson Cameli e agradeceram pela sua sensibilidade no assunto, mas enfatizam que depois de reunir lideranças e diretorias está decidido que neste primeiro momento, avaliando a situação crítica que passa o município com referência a Covid-19, os templos ficarão fechados.
O líder da Igreja Assembleia de Deus, Pastor Carlos Alberto, avalia como um momento extremamente difícil devido ao problema da Covid-19, mas entende, como todas as pessoas responsáveis, que a vida é mais valiosa que tudo e a saúde é o grande patrimônio das pessoas, mas agradece ao governo ter permitido a abertura dos templos com 20% das pessoas.
“Avaliamos a flexibilização, mas vamos ficar com nossos templos fechados e esperar um pouco mais para voltar gradativamente a ocupar com pouca gente nossos templos, apesar das medidas que estamos tendo de medir a temperatura, uso de máscara, álcool em gel manual e de pedal, distanciamento e a desinfecção do templo para remover bactérias”, afirma.
Pela quantidade de óbitos do momento o pastor Carlos Alberto entende que seria prudente as lideranças religiosas, momentaneamente, manterem fechados os templos ao avaliar também que deveria haver uma imediata fiscalização e intensificação pelos poderes públicos da exigência do uso da máscara e dos cuidados sanitários orientados por eles mesmos.
“Manter os templos fechados não vai caracterizar prejuízo para nossa comunidade e as demais. Percebemos uma verdadeira festa, tantas são as pessoas nas ruas sem usar a máscara. O óbito da Aline, uma pessoa tão jovem, deveria preocupar a todos. Existe mesmo é uma falta de entendimento e compromisso do povo com esse perigo”, disse.
Ao finalizar o Pastor Carlos Alberto comunica que a decisão da ADSUL é de muita cautela, aguardar e manter seus templos fechados, apenas com trabalhos religiosos remotos.
Na Comunidade Batista Vida de Cruzeiro do Sul, o Pastor Chefe, Alex Soares, informa que por enquanto, apesar da flexibilização pelo governo, a decisão dele e de suas lideranças é de manter fechado seu templo, pelo menos nesta primeira semana, devido a situação do hospital que está bastante lotado, inclusive com poucas vagas nas Unidades de Terapia Intensivas (UTI).
“Penso que cada um tem sua opinião e mesmo tendo a liberação de 20% feita pelo governo do Estado decidimos manter os cultos 100% on line. Rio Branco tem uma realidade e em Cruzeiro do Sul a situação é mais grave do que nas outras cidades. Na nossa igreja muitas pessoas trabalham no enfrentamento a pandemia e por isso não vamos abrir o templo”, afirma.
O Bispo da Diocese de Cruzeiro do Sul, D. Flavio Giovanale, logo depois da publicação do Decreto determinando o fechamento das igrejas, fez um comunicado informando que a Igreja Católica manteria suas atividades fechadas e apenas com funcionamento on line tomando todas as medidas sanitárias de segurança. Depois da flexibilização o bispo mantém sua decisão.
“Caríssimos irmãos, hoje pela manhã recebemos a informação que o governo do Estado flexibilizou para permitir que as igrejas possam funcionar com 20% do público, mantendo as condições de uso de álcool em gel e a medição de temperatura. Diante disso, decidimos que nossas igrejas continuarão fechadas como decidimos de que na fase vermelha as igrejas vão continuar fechadas e fazendo as transmissões on line. A pequena equipe celebrativa, formada pelos padres, a equipe de canto e de leitores nas paróquias, se necessário podem atender com poucas pessoas uma missa de sétimo dia. Vamos manter o que comunicamos”, informou o bispo.