Cruzeiro do Sul, Acre, 25 de dezembro de 2024 00:42

Acadêmicos do curso de Enfermagem da Uniplan fazem manifestação no Pólo de Cruzeiro do Sul

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Acadêmicos 4º e 5º período do curso de Enfermagem da Uniplan realizaram na tarde desta quarta-feira (19) uma manifestação na frente do Pólo local da faculdade, que funciona no Colégio Cristão Cruzeiro, para entregar um abaixo assinado com diversas reivindicações que na avaliação dos mesmos estão sendo negligenciadas e prejudicam o bom aproveitamento da turma.

Os representantes da Comissão do Curso de Enfermagem entregaram à coordenadora um requerimento onde constam as principais reivindicações da turma e deram prazo de cinco dias para que a mesma se manifeste sobre as pautas que na avaliação deles atrapalham o aprendizado do aluno que são os mais prejudicados pela falta de apoio da Uniplan.

O requerimento foi direcionado ao presidente do Centro Universitário Planalto do Distrito Federal (Uniplan), à coordenadora geral Mayara Matos e ao coordenador geral de Enfermagem da UNIPLAN com destaca sobre o reajuste das horas aulas referentes a estágios supervisionados estabelecido em 800 horas quando o correto seriam 960 horas.

Em outro pedido os manifestantes solicitam também a transparência da faculdade/aluno por eles serem responsáveis pela manutenção financeira da instituição e assinaram um contrato que assegura plenos direitos legais e sem a ciência dos mesmos houve uma mudança na carga horária e nada foi explicado sobre o motivo da mudança.

Outra reivindicação é sobre documentos explicativos transparentes da mudança, pois a alegação da pandemia não dá mais. O período de estágios ainda nem chegou e já diminuíram a carga horária? Por que não diminuem nas aulas teóricas, que praticamente é uma passa tempo, aulas por áudio aula em um curso super específico como a enfermagem? que tipo de profissionais vamos ser? questionam os acadêmicos.  

A visita de um representante legal da instituição no Pólo de Cruzeiro do Sul, para saber a realidade local é outra das principais reinvindicação dos acadêmicos que avaliam que a comunicação para a central muitas vezes não condiz com a realidade. “Nunca ninguém veio aqui saber como funciona, merecemos dignidade e respeito”, avaliam.

Na reclamação os acadêmicos ressaltam que não houve nem uma ligação para a Central, nem resposta do requerimento Não vivemos mais em ditadura, onde o “maior” diz e o restante obedece. Pagamos todos os meses nossas mensalidades e queremos a reciprocidade, é direito nosso. Sequer temos um SAC de atendimento ou algo parecido, ressalta um dos líderes.

“Temos um número que nunca deu uma ligação?”, ironizam.

Como proposto a coordenadora da Uniplan, Carol, acompanhada de um negociador parceiro da Uniplan, recebeu uma comissão de acadêmicos para debater sobre as temáticas expostas nas reivindicações e eles protestaram devido os demais colegas não terem tido o direito de participar do debate com a direção da faculdade.

Os acadêmicos reclamam da falta de autonomia da coordenação para solucionar coisas que deveriam ter sido feitas pela coordenadora. “Ela não dá respostas, mas o que ela não respondeu vamos cobrar da direção da Uniplan, mas o que ela pode fazer e não responde fica muito complicado e por isto precisamos de respostas”, disse.

A coordenadora destacou não ter a condição de receber o grupo de alunos que foi até a faculdade para a manifestação para evitar aglomeração devido a pandemia e ao rebater as acusações feitas pelos acadêmicos destaca que a maioria das reivindicações não tem fundamento porque devido a pandemia não há possibilidade de aulas presenciais.

“Temos muita coisa boa e planejada acontecendo na faculdade e não há problema pela pandemia com os demais alunos, apenas esse grupo de acadêmicos que reclama e fazem essas reivindicações. Nesse período as aulas estão de forma on line, as aulas perdidas serão repostas. Está tudo bem planejado e na semana que vem as aulas do estágio reiniciarão.  

Conheça outras das principais reivindicações do grupo de acadêmicos:

  • Superlotação em salas, 68 ou mais alunos;
  • Contratação de professores desqualificados para áreas especificas;
  • Local inapropriado para estudar, pois estudamos em uma escola de criança; ensino infantil. A sala cabe 30 crianças apertadas e sentadas.

Como neste mesmo espaço caberia 68 pessoas adultas??

  • Setor administrativo (secretaria) inaptos a resolver problemas simples do dia a dia;
  • Atividades complementares irracional (matérias super especificas com 60 horas e atividades que resolvemos em 10 minutos contar 100 horas aulas? Não é meio irracional?) … e muitos outros tópicos.
  • O decreto local relativo à pandemia e suas medidas restritivas legais saiu e ainda não estamos tendo aulas no laboratório, por que essa demora? Para mandar os boletos nunca demora… sejam justos e complacentes com o nosso momento, um estudante de enfermagem ir para os estágios práticos sem saber o que é aferir uma PA, é o cúmulo do absurdo. Somos seres humanos, não queiram somente o nosso dinheiro, saibam fazer marketing, esse de vocês está muito fraco, invistam em nós, o futuro do polo local da faculdade, está em nossa formação, não priorizem só ter milhares de alunos e o aprendizado falho e impróprio, a faculdade só dá assistência até assinarmos o contrato e depois esquece.
  • O futuro da instituição está na gente, em cada um de nós. Sequer a gente tem uma coordenadora de enfermagem para resolver problemas simples do dia a dia, relativo a estágios e tudo mais, pois o tempo passa e documentos precisam ser enviados a secretaria de saúde local solicitando esse apoio a faculdade. Temos uma pessoa formada em pedagogia lidando com questões de saúde. Não estamos denegrindo a imagem de ninguém, muito pelo contrário, somente queremos respeito e consideração com as pessoas que mantem a instituição.