O coordenador de Vigilância Entomológica da Secretaria Municipal de Saúde da Prefeitura de Cruzeiro do Sul, Leonísio Mendonça, informou na manhã desta terça-feira (11), sobre uma redução significativa de 55% do número de casos de dengue e de 7% nos de malária no mesmo período do ano anterior, janeiro a junho, resultado de um serviço de forma organizada de combate aos mosquitos e de conscientização da comunidade.
Leonísio Mendonça destaca que diariamente uma equipe de 134 agentes atua no trabalho preventivo de visita domiciliar preventivas de dengue e malária com visitas todos os dias da semana, de casa em casa, verificando principalmente o perímetro dos quintais para identificar pequenos criadouros como copo descartável ou casca de ovo que são potenciais para o mosquito nascer e precisam ser eliminados.
Os criadouros que não podem ser eliminados como caixas d’água, que ficam no nível do solo, que o morador utiliza diariamente são tratados pelos agentes com larvicidas para matar a larva antes de virar o mosquito num meio de controle mecânico muito eficiente para que o mosquito não venha nascer porque quanto mais mosquito voando mais risco de aumento dos casos de dengue e de malária, explica o coordenador.
“O apoio da população é fundamental. A equipe passa as orientações à comunidade que depois de orientada precisa estar verificando nos seus quintais e dentro das residências, para que não deixe a caixa d’água sem tampa, para evitar que copos descartáveis ou casca de ovo sejam descartados de qualquer forma. Eliminando os possíveis focos com certeza vamos ter menos riscos de casos de dengue e malária”, enfatiza o coordenador.
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A diminuição de casos de malária também é destacada pelo coordenador que informa que houve uma diminuição de 7% dos números de casos numa comparação ao mesmo período do ano anterior, de janeiro a junho, ao ressaltar que a maioria dos casos de malária está localizada na zona rural, onde há muitos locais de difícil acesso, resistência ao serviço de borrifaação e no período do verão a vigilância é aumentada com visitas nas casas.
“Se uma pessoa está com frio, febre e dor de cabeça o agente faz a coleta, traz para o laboratório para o diagnóstico e dando positivo retorna para levar a medicação para iniciar o tratamento do paciente”, afirma Leonísio que pede a colaboração da população para a necessidade da borrifação que ainda há uma resistência de alguns moradores e dificuldade para a prestação do serviço.
“Precisamos atingir cerca de 80% de cada comunidade na borrifação para garantir um efetivo controle e reduzir cada vez mais os índices de malária. Nosso trabalho é de formiguinha, batemos na porta de cada morador para mostrar a importância da borrifação e conseguindo trazer a população para colaborar conseguimos reduzir cada vez mais os casos de malária que maltratam muito os agricultores”, destaca.
O coordenador lembra ainda que nas famílias que moram na zona rural e trabalham na agricultura quando adoecem de malária não conseguem fazer suas atividades, as crianças perdem dias letivos nas escolas e com o trabalho preventivo é possível fazer o melhor possível para promover saúde e diminuir os casos de malária. “Trabalhamos também com os mosquiteiros impregnados que são uma barreira importante e temos uma cobertura de 80% da nossa zona rural”, finaliza.