Um apoiador dos irmãos Mara e Major Rocha tentou envergonhar o governador Gladson Cameli durante a inauguração da ponte sobre o Rio Madeira, em Porto Velho, na sexta-feira, dia 07. Gravando o rosto do governador logo quando o chefe do Palácio Rio Branco chegou, o eleitor gritou que Cameli estaria “petetizando” o governo e deixando aliados de lado.
O discurso do apoiador dos irmãos Rocha foi rebatido por Gladson, que perguntou em qual deputado o eleitor votou em 2018. Na tentativa de envergonhar o governador mais uma vez, o homem fala em alta voz que Gladson não se reelegeria mais “nem para presidente de bairro”.
Sem papas na língua, o governador acreano, após tentar entender a crítica do eleitor de Rocha por mais de dois minutos, ouviu que havia descumprido acordos com o vice-governador. “Por que o senhor fez isso? Eu passei sol e chuva desde o começo e não ganhei nada, o senhor fez vergonha para nós, o senhor tirou os que lhe honraram”, reclamou o eleitor.
Ao ouvir o nome de Major Rocha na boca do homem, o governador respondeu: “Quem? Se tem um problema que eu não tenho, é o de não cumprir o que eu assumo. Eu tenho 43 anos, e só um CPF. Se o senhor acha que eu não honrei, então o senhor tem que me provar que eu não honrei”, desafiou o governador acreano.
Enquanto tentava conversar, Gladson perdeu a paciência com o homem e disse que sempre defendeu a democracia, inclusive em 2018. “Se eu não puder te ouvir, porque debates como esses eu adoro, agora o que não é fácil é para alguém como o senhor. Eu estou preocupado com a vida, com as pessoas. Você não está falando a verdade, e a verdade tem que ser clara, olho no olho. Você está cego de um olho”, alega Cameli.
“Jesus Cristo não agradou a todo mundo, então não vai ser eu. A campanha é ano que vem, a agente não sabe nem quem vai estar vivo e quem vai estar morto. E quero te dizer uma coisa: eu vou ser governador por mais quatro anos, e você ainda vai votar em mim”, brincou o governador, que na sequência foi ovacionado por acreanos que estavam na ponte à espera do presidente Jair Bolsonaro.