O Chefe Substituto da Regional de Porto Velho da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), Derival Gomes Júnior, esteve em Cruzeiro do Sul para uma visita técnica, verificação e fiscalização da situação de transporte aquaviário e do transbordo de combustível em barcos na região do vale do Juruá.
A Antaq tem sua sede regional em Porto Velho e atua no Acre com foco na fiscalização das embarcações que fazem o transporte aquaviário de passageiros interestadual entre Cruzeiro do Sul e Ipixuna, no caso a empresa autorizada Marcos & Márcio, que pararam o serviço devido ao nível do rio Juruá num problema para a população que utiliza o transporte.
Outra pauta da visita do representante da Antaq é o transbordo de combustíveis que atualmente está sendo realizada no porto fluvial do governo e vai necessitar parar e ser mudado para outro local devido à execução de obras, mas o problema maior para ser verificado é o baixo nível de águas do Rio Juruá.
“O baixo nível de águas do Rio Juruá pode inviabilizar o transporte fluvial de combustíveis e de pessoas como já aconteceu agora, com as embarcações maiores e pode continuar com as menores. Em Porto Velho acompanhamos o nível dos rios e há uma possibilidade de no mês de setembro chegar uma água dos Andes que pode melhorar o nível das águas”, disse.
Segundo Derival Júnior situação da região é muito crítica com a estiagem que afeta o nível das águas porque ao contrário do Rio Madeira que tem um volume bem maior de águas as embarcações conseguem navegar para o transporte de passageiros com segurança ao contrário do Rio Juruá que não há condição com o baixo nível das águas.
“É importante órgãos como a Defesa Civil estarem atentos para esse problema e um segundo passo para região é a ação da Bancada Federal para garantir para os rios da região a mesma dragagem que já está sendo feita no Rio Madeira desde o ano passado, com a seca do ano passado foi feita no Rio Solimões e vai precisar fazer na região do Juruá também”, disse.
A Antaq tem sede em Brasília com 14 regionais no país. Em Manaus está a Regional do Amazonas e em Porto Velho a Regional de Rondônia que atende o estado, além do Estado do Acre e Sul do Amazonas com a missão regular e fiscalizar o transporte aquaviário e a infraestrutura portuária dos estados sob sua jurisdição.
“Fiscalizamos em Cruzeiro do Sul o porto fluvial do governo, o transporte por balsa em Rodrigues Alves, feito pela empresa Cameli e as lanchas da empresa Marcos & Márcio que são regulamentados junto ao órgão, inclusive as pequenas balsas cuja maioria já são registradas e as que ainda não são estão sendo notificadas”, enfatizou Derival Júnior.
A partir do acidente em Cruzeiro do Sul, em 2019, os órgãos de fiscalização perceberam que a cidade de Cruzeiro do Sul não tinha instalação portuária adequada para fazer o transbordo de combustível porque mesmo tendo duas bases, da Ateem e da Vibra (antiga Petrobrás), mas as mesmas fazem a distribuição por caminhões.
“É um trabalho em conjunto com a Marinha para prestar um serviço com segurança e regularidade. O porto do governo está sendo a base temporária para o transbordo até que se tenha um porto adequado, a Marinha está avaliando estudo de fazer o transbordo no Pontão Juruá, do senhor Erivaldo, de forma segura, distante prevenindo poluição e acidentes”, disse.
O representante informou ainda que a Antaq tem orientado a classe política para fazer, além da orla, uma instalação Pública de Pequeno Porte (IP4) que é como se fosse uma rodoviária, um terminal rodoviário na beira do rio para atender os ribeirinhos e precisa que a força política aloque os recursos. “Porto Velho, Humaitá e municípios do Rio Madeira todos já tem”, finalizou.