Para os investigadores, Thayná de Oliveira Ferreira teria mentido no primeiro interrogatório
A ex-babá do menino Henry Borel, de quatro anos, presta novo depoimento à Polícia Civil neste momento. Para os investigadores, Thayná de Oliveira Ferreira teria mentido no primeiro interrogatório, quando negou saber que o menino era agredido.
Thayná chegou à delegacia escondendo o rosto e não falou com a imprensa. O depoimento já dura mais de duas horas. Ainda na tarde desta segunda-feira (12), existe a previsão que uma ex-namorada do vereador Jairinho seja ouvida mais vez. Ela relata que foi agredida há oito anos quando se relacionou com o político. Ainda segundo a denunciante, a filha dela, que na época tinha quatro anos, também foi atacada. O parlamentar nega.
Presa desde a semana passada, a mãe de Henry, Monique Medeiros, foi transferida do presídio onde estava em Niterói, na Região Metropolitana, para um hospital penitenciário em Bangu, na Zona Oeste do Rio, com fortes dores na barriga. As informações preliminares dão conta que ela estaria com infecção urinária.
Monique e Jairinho foram presos na última quinta-feira (8). Eles são acusados ainda de atrapalhar as investigações e ameaçar testemunhas do caso.
Em mais conversas interceptadas pela Polícia Civil, no celular de Monique, a professora aparece falando com uma prima dela, que é pediatra, sobre o comportamento de Henry. A mãe da criança descreve que Henry estava demonstrando medo excessivo de tudo, de perder os avós, e que o comportamento já estaria trazendo prejuízos às relações sociais e ao rendimento escolar.
Nas mensagens enviadas por Monique, ela conta que quando Henry via Jarinho, chegava a vomitar e tremer. A criança estaria tendo dificuldades para dormir sozinha, sem apetite e acordando o tempo todo, segundo os relatos da mãe. Monique contou a prima que levou Henry à psicóloga, e pediu orientações.
A Polícia Civil também descobriu que o menino foi levado pela mãe a um hospital um dia após as supostas agressões do vereador Jairinho, no dia 12 de fevereiro, menos de um mês antes da morte da criança.
Henry chegou no hospital mancando, e o boletim médico aponta que Monique Medeiros justificou ao pediatra que o filho tinha caído da cama no dia anterior, por volta das 17 horas. O horário é exatamente o mesmo em que a babá relatava para a mãe, por mensagens, as supostas agressões físicas e psicológicas provocadas pelo padrasto do menino.
A Polícia Civil vai enviar uma representação para a Ordem dos Advogados do Brasil e para o Ministério Público contra o advogado de Jairinho e Monique Medeiros, sob acusação de cometer crimes de coação de testemunhas e obstrução de Justiça. A reportagem da BandNews FM tenta contato com a defesa dos acusados.