Enquanto as vagas no Hospital de Campanha estão todas ocupadas, inclusive os 20 leitos da Unidade de Terapia Intensiva (UTI), o que levou a governador Gladson Cameli a investir em equipamentos para instalar mais cinco leitos, os proprietários dos bares localizados ao lado do mercado Beira Rio, no cento da cidade, insistem em continuar funcionando.
Em virtude do repentino agravamento do risco de colapso do sistema de saúde pela pandemia da Covid-19, o governo do Estado, considerando a recomendação do Comitê de Acompanhamento Especial da Covid-19, desde o dia 1º de fevereiro adotou o Nível de Emergência – Bandeira Vermelha para todas as regionais de saúde do estado.
Pelo decreto ficam proibidos de realizar atividades presenciais todos os estabelecimentos comerciais não enquadrados como essenciais, além de feiras; shoppings; cinemas; clubes; academias; bares; restaurantes (podendo funcionar por delivery); centros culturais; clínicas de estética; e igrejas. A aglomeração de pessoas em espaços públicos está restrita.
Porém, apesar do Mercado Beira Rio estar com suas portas lacradas, os bares ao lado continuam abertos. Quem passa pelo local não percebe porque os mesmos estão com as portas fechadas, mas na verdade estão funcionando com várias pessoas dentro ingerindo bebida alcoólica. Quando o cliente chega a porta é aberta e depois que entra fechada.
Uma denúncia foi repassada a equipe de Blitz de Fiscalização, que fiscaliza o cumprimento do decreto com equipes de vários órgãos do município e do Estado. Na sexta-feira (06) os bares funcionaram o dia todo com as portas fechadas e apesar da tentativa a equipe das blitz não conseguiu fazer a abordagem.
No sábado (07), uma guarnição da Rádio Patrulha do 6º Batalhão de Polícia Militar (6º BPM), acionada pelo 190, atendeu nova denúncia e ao verificar a ocorrência, por volta das 12:30 horas, constatou que um dos bares estava com as portas fechadas, mas várias pessoas, homens e mulheres estavam dentro do local consumindo bebida alcoólica e fechou o local.
Apesar de saberem da pandemia três mulheres que estavam dentro do bar reclamaram do fechamento do local pela polícia. “Sou mãe solteira e dependo de fazer esse trabalho para conseguir levar alguma comida para meus filhos”, reclamou e ao ser questionada do perigo afirma que o mais importante é o sustento dos filhos.
Neste domingo (07) mais uma vistoria no local, pela equipe da blitz se fiscalização Covid-19, constatou que alguns bares estavam novamente funcionando, um deles de portas abertas, desobedecendo as recomendações do decreto da Covid-19 e depois de evacuar as pessoas do local fecharam os estabelecimentos.