Cruzeiro do Sul, Acre, 2 de abril de 2025 16:24

Beija-Flor, a Escola de Nilópolis, presenteia Neguinho em despedida e é campeã do Carnaval do Rio 2025

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A Beija-Flor é a campeã do Carnaval do Rio de 2025. Esse é o 15º título da escola, conquistado na despedida de Neguinho da Beija-Flor, que se aposenta dos vocais da escola.

Escola de Nilópolis despontou como uma das favoritas ainda no início da apuração. A agremiação passou boa parte dos quesitos na liderança, disputando com a Grande Rio, que acabou perdendo um décimo em bateria, e com a Imperatriz Leopoldinense, que acabou perdendo décimos em fantasia e samba enredo, já na reta final.

Torcida da escola foi a mais empolgada ao longo de toda a apuração. Na reta final, a cada 9,9 da Imperatriz Leopoldinense, a torcida e integrantes da diretoria vibravam.

Antes do término, todos os olhares se voltaram para Neguinho da Beija-Flor. Ele foi o centro das atenções durante a leitura das notas.

O desfile

Neguinho da Beija-Flor fala na quadra da escola de samba
Imagem: Filipe Pavão/UOL
Beija-Flor desfilou na 2ª noite e homenageou Laíla, ícone do Carnaval carioca. O diretor, que esteve à frente da escola em 13 de seus 15 títulos, morreu em 2021 de covid.

Enredo revisitou a infância do dirigente, reverenciou sua devoção aos orixás e sua trajetória na agremiação. Toda a família de Laíla acompanhou o desfile.

A escola é a terceira maior campeã do Carnaval carioca. Antes, conquistou títulos em 1976, 1977, 1978, 1980, 1983, 1998, 2003, 2004, 2005, 2007, 2008, 2011, 2015 e 2018.

Neguinho da Beija-Flor já tinha feito a “previsão” de voltar no sábado das campeãs. Ao UOL, ele deixou claro que não está se aposentando da avenida, apenas do carro de som.

O samba-enredo

Carro da Beija-Flor representando Laíla, homenageado pelo samba-enredo da escola
Imagem: Zô Guimarães/UOL
Laíla de Todos os Santos, Laíla de Todos os Sambas

Chama João pra matar a saudade
Vem comandar sua comunidade
Ó Jakutá
O Cristo preto me fez quem eu sou
Receba toda gratidão, Obá
Dessa nação nagô

Da casa de Ogum, Xangô me guia
Da casa de Ogum, Xangô me guia
Da casa de Ogum, Xangô me guia
Dobram atabaques no quilombo Beija-Flor
Terreiro de Laíla, meu griô
Da casa de Ogum, Xangô me guia
Da casa de Ogum, Xangô me guia
Dobram atabaques no quilombo Beija-Flor
Terreiro de Laíla, meu griô

Kaô, meu velho
Volta e me dá os caminhos
Conduz outra vez meu destino
Traz os ventos de Oyá
Agô, meu mestre
Tua presença ainda está aqui
Mesmo sem ver, eu posso sentir
Faz Nilópolis cantar

Desce o morro de Oyó
Benedito e Catimbó
O alabá Doum
Traz o terço pra benzer
E a cigana puerê
Meu Exu
De copo no palco, sandália rasteira
No chão sagrado toda quinta-feira

O brado no tambor, feitiço
Brigou pela cor, catiço
Coragem na fala sem temer a queda
O dedo na cara, quem for contra, reza
O brado no tambor, feitiço
Brigou pela cor, catiço
Coragem na fala sem temer a queda
O dedo na cara, quem for contra, reza

Vencer, o seu verbo
Gênio do ouvido perfeito
A trança nos versos
Divino e humano em seu jeito
Queria paz, mas era bom na guerra
Apitou em outras terras, viajou nas ilusões
Deu voz à favela e a tantas gerações

Eu vou seguir sem esquecer nossa jornada
Emocionada, a Baixada em redenção
Chama João pra matar a saudade
Vem comandar sua comunidade
Ó Jakutá
O Cristo preto me fez quem eu sou
Receba toda gratidão, Obá
Dessa nação nagô

Da casa de Ogum, Xangô me guia
Da casa de Ogum, Xangô me guia
Dobram atabaques no quilombo Beija-Flor
Terreiro de Laíla, meu griô
Da casa de Ogum, Xangô me guia
Da casa de Ogum, Xangô me guia
Dobram atabaques no quilombo Beija-Flor
Terreiro de Laíla, meu griô

Kaô, meu velho
Volta e me dá os caminhos
Conduz outra vez meu destino
Traz os ventos de Oyá
Agô, meu mestre
Tua presença ainda está aqui
Mesmo sem ver, eu posso sentir
Faz Nilópolis cantar

Desce o morro de Oyó
Benedito e Catimbó
O alabá Doum
Traz o terço pra benzer
E a cigana puerê
Meu Exu
De copo no palco, sandália rasteira
No chão sagrado toda quinta-feira

O brado no tambor, feitiço
Brigou pela cor, catiço
Coragem na fala sem temer a queda
O dedo na cara, quem for contra, reza
O brado no tambor, feitiço
Brigou pela cor, catiço
Coragem na fala sem temer a queda
O dedo na cara, quem for contra, reza

Vencer, o seu verbo
Gênio do ouvido perfeito
A trança nos versos
Divino e humano em seu jeito
Queria paz, mas era bom na guerra
Apitou em outras terras, viajou nas ilusões
Deu voz à favela e a tantas gerações

Eu vou seguir sem esquecer nossa jornada
Emocionada, a Baixada em redenção
Chama João pra matar a saudade
Vem comandar sua comunidade
Ó Jakutá
O Cristo preto me fez quem eu sou
Receba toda gratidão, Obá
Dessa nação nagô

Da casa de Ogum, Xangô me guia
Da casa de Ogum, Xangô me guia
Dobram atabaques no quilombo Beija-Flor
Terreiro de Laíla, meu griô
Da casa de Ogum, Xangô me guia
Da casa de Ogum, Xangô me guia
Dobram atabaques no quilombo Beija-Flor
Terreiro de Laíla, meu griô

Classificação geral

Carro da Beija-Flor representando Laíla, homenageado pelo samba-enredo da escola
Imagem: Zô Guimarães/UOL
1º Beija-Flor – 270 (campeã)
2º Grande Rio – 269,9
3º Imperatriz Leopoldinense – 269,8
4º Viradouro – 269,4
5º Portela – 269,4
6º Mangueira – 269,4
7º Salgueiro – 269,2
8º Vila Isabel – 269,1
9º Unidos da Tijuca – 268,8
10º Paraíso do Tuiuti – 268,7
11º Mocidade – 267,9
12º Unidos de Padre Miguel – 266,8

Classificação geral

Carro da Beija-Flor representando Laíla, homenageado pelo samba-enredo da escola
Imagem: Zô Guimarães/UOL
1º Beija-Flor – 270 (campeã)
2º Grande Rio – 269,9
3º Imperatriz Leopoldinense – 269,8
4º Viradouro – 269,4
5º Portela – 269,4
6º Mangueira – 269,4
7º Salgueiro – 269,2
8º Vila Isabel – 269,1
9º Unidos da Tijuca – 268,8
10º Paraíso do Tuiuti – 268,7
11º Mocidade – 267,9
12º Unidos de Padre Miguel – 266,8