Ex-presidente realizou cirurgias para corrigir hérnia de hiato e desvio de septo; operação ocorreu ‘dentro da normalidade’, diz assessor
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) realizou na manhã desta terça-feira, 12, duas cirurgias no Hospital Vila Nova Star, na zona sul de São Paulo. Um dos procedimentos tinha como objetivo corrigir uma hérnia de hiato, para tratar um quadro de refluxo, e o segundo, um desvio de septo, para melhorar a condição respiratória.
Segundo boletim médico, divulgado no fim da manhã, os procedimentos ocorreram “de forma satisfatória” e o ex-presidente está em recuperação no quarto.
O ex-chefe do Executivo foi internado na tarde desta segunda-feira, 11. Nas últimas semanas, Bolsonaro passou por exames na mesma unidade hospitalar para definição das cirurgias.
As cirurgias começaram por volta das 5h, segundo Fabio Wajngarten, advogado e assessor de Jair Bolsonaro. O procedimento para correção da hérnia de hiato teve como objetivo tratar refluxo, soluços e tosses secas, enquanto a cirurgia no septo ocorreu para melhorar a condição respiratória do ex-presidente.
Também há previsão de procedimento nas alças intestinais. O ex-presidente já fez cinco cirurgias desde que levou uma facada em Juiz de Fora (MG), durante a campanha presidencial de 2018. O último procedimento ocorreu nos Estados Unidos, em janeiro deste ano. No dia 9 daquele mês, um dia após os atos de invasão e depredação das sedes dos Três Poderes por seus apoiadores, em Brasília, ele sentiu dores abdominais e precisou tratar de uma aderência em uma hérnia incisional.
A internação do ex-presidente ocorre em meio às investigações sobre o esquema de venda ilegal de joias recebidas em missões oficias por integrantes do governo Bolsonaro. Relevado pelo Estadão em março, o caso agora, segue para uma nova etapa com a homologação da delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens e braço-direito do ex-presidente.
Como mostrou o Estadão, a delação de Cid preocupa cada vez mais o ex-presidente e sua família. Um interlocutor de Bolsonaro disse, sob reserva, que ninguém no PL tem dúvidas de que mais denúncias contundentes vão aparecer, e não somente relativas ao escândalo das joias. O depoimento do ex-ajudante de ordens pode, inclusive, fazer Bolsonaro ser expulso do Exército e deixar de ser capitão reformado.