Cruzeiro do Sul, Acre, 13 de janeiro de 2025 21:42

Católicos cruzeirenses e das paróquias da Diocese de Cruzeiro do Sul mantem tradição de tapetes de Corpus Christi

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A comunidade católica cruzeirense e das paróquias da Diocese de Cruzeiro do Sul voltaram a fazer os tradicionais tapetes comemorativos do Dia de Corpus Christi nos locais em que vai passar a procissão, mesmo com os riscos devido a pandemia. A tradição havia sido paralisada no ano passado.

Em algumas paróquias com a de Nossa Senhora do Rosário os fieis voltaram a fazer os tapetes que depois de prontos se tornam obras de arte e de muita criatividade com desenhos sacros para manter a tradição e no trabalho de confecção feito na madrugada seguiram normas e cuidados de segurança devido a pandemia, como o uso da máscara.

Fieis da Paróquia de São José, em Rodrigues Alves, mantiveram a tradição

Felizes pela oportunidade e esperança de mesmo com a pandemia manter a tradicional os fieis comemoram. Emanuela Amorim, da Paróquia Nossa Senhora do Rosário, destaca sua alegria de participar da construção do tapete que é preparado cerca de um mês de antecedência para que tudo saia como planejado.

“Este é o terceiro ano que a paróquia faz o tapete. Começamos pegando o pó de serra e as bisnagas de tinta e na quarta-feira, dia que antecede Corpus Christi, nos reunimos com todos os cuidados para realizar com apoio dos desenhistas para desenhar a imagem que em seguida é coberta pelos demais com pó de serra e a pintura”, destaca.

Jovem Emanuela participa e destaca momento sublime de adoração

Para Emauela é um momento de muito amor preparar a passagem de Jesus que está presente. “É um momento importante de muita alegria porque a comunidade se reúne em partilha e pela valorização da Eucaristia. Hoje, devido a pandemia teremos uma carreata, mas mesmo assim é um momento muito sublime e importante”, afirma.

Pároco da Paróquia São Francisco em Mâncio Lima, padre Jardesson

Segundo a tradição da Igreja Católica o Corpus Christi é uma festa de caráter único muito especial estabelecida pelo Código de Direito Canônico quando se retira do Sacrário o Corpo de Cristo e os sacerdotes saem pelas ruas da cidade, junto com os fieis, para fazer a adoração pública do Corpo de Jesus para manter a tradição informou o Pároco da Paróquia São Francisco em Mâncio Lima, padre Jardesson.

Segundo o sacerdote, no século XIII houve um certo esfriamento na devoção na adoração e respeito ao Corpo de Cristo uma monja Agostiniana, na Bélgica, teve uma visão de que ela deveria promover uma adoração mais intensa ao Corpo de Cristo e daquele tempo até hoje a festa foi incorporada ao calendário da Igreja Católica.

“Jesus é adorado dentro das igrejas e apenas nesta festa de Corpus Christi sai as ruas para adoração pelo povo e seguindo a tradição milenar vinda de Portugal os fieis durante a madrugada preparam tapetes comemorativos nos locais que o Corpo de Cristo vai passar e em muitos lugares a tradição é mantida para homenagear Jesus num grande zelo e dedicação”, disse.