O Vale do Juruá, localizado no estado do Acre, apresenta um clima propício para atividades ao ar livre, com temperaturas variando entre 23°C e 35°C, de acordo com informações fornecidas pelo Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam). Enquanto isso, a região sul da Amazônia está sob a influência de uma massa de ar quente e seco, resultando em calor intenso e baixa umidade. As cidades de Cruzeiro do Sul, Mâncio Lima, Marechal Thaumaturgo, Porto Walter e Rodrigues Alves se destacam por oferecerem um ambiente agradável para moradores e visitantes desfrutarem das belezas naturais da área.
Entretanto, a previsão climática para o estado do Acre nos próximos meses é desafiadora. De acordo com o Centro Integrado de Geoprocessamento Ambiental (Cigma), vinculado à Secretaria do Meio Ambiente e das Políticas Indígenas (Semapi), há uma projeção de chuvas abaixo da média durante os meses de agosto, setembro e outubro. Essa condição será acompanhada por uma seca intensa e temperaturas acima da média, e tais mudanças são atribuídas ao fenômeno El Niño.
O El Niño é conhecido por provocar modificações nos padrões de circulação atmosférica, ventos, umidade, temperatura e chuvas, especialmente nas regiões tropicais. Na região Norte do Brasil, as consequências incluem secas moderadas a intensas no norte e leste da Amazônia, além de um aumento na probabilidade de ocorrência de incêndios florestais, especialmente em áreas onde a vegetação já está degradada.
A secretária do Meio Ambiente e das Políticas Indígenas, Julie Messias, informou que o Cigma mantém um monitoramento constante da situação da seca no estado. Esses dados são utilizados para alimentar o Mapa do Monitor de Secas, um projeto coordenado pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), com apoio da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme).
Julie Messias destacou ainda que o governo do Acre, juntamente com instituições como o Instituto de Meio Ambiente do Acre (Imac), está tomando medidas para enfrentar esse período de seca. Essas ações incluem a declaração de estado de emergência ambiental, o lançamento de uma campanha de combate a queimadas e desmatamento, bem como o estabelecimento da Força-Tarefa pela Proteção Ambiental.
“Mantemos a sala de situação em funcionamento e um monitoramento constante. Os dados coletados e avaliados pelo Cigma são fundamentais para embasar nossas decisões nesse ambiente integrado e de inteligência operacional, que é a sala de situação”, concluiu Julie Messias.