A diretoria da Associação Comercial e Empresarial (ACE) de Cruzeiro do Sul se reuniu pra debater a questão da pandemia em Cruzeiro do Sul e deliberou que vai solicitar do Comitê de Acompanhamento da Covid-19, do governo do Estado, para que regionalize os números e permita a abertura do comércio no próximo sábado que tem previsto outro lockdown.
Os empresários trabalham com os números da doença no município que tem caído permanentemente nas últimas semanas, inclusive com referência as pessoas internadas na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) que na sua maioria são de outros municípios do vale do Juruá considerando que o Hospital de Campanha é referência para o tratamento da doença.
“Estamos pedindo a regionalização dos números da pandemia para que o município possa ter uma classificação real. Os números do Hospital de Campanha não refletem a situação do município porque recebe pacientes da região e o município precisa ter uma classificação correta dos seus números”, afirma o empresário Luiz Cunha, presidente da ACE/CZS.
O empresário Neto Tomé, do Mercantil Cohab, mostra sua preocupação com a aglomeração dentro dos supermercados nas vésperas do lockdown nos finais de semana. “Por mais que você queira prestar um serviço de qualidade uma grande quantidade de pessoas dentro do supermercado coloca em risco os clientes e os funcionários”, avalia o empresário.
Neto garante que se os supermercados puderem abrir nos finais de semana automaticamente se evitará que as aglomerações que estão sendo vistas aconteçam. “Nesta semana temos um dos principais feriados do ano e o que estamos pedindo vai colaborar na prevenção porque se o cliente saber que o supermercado estará aberto ele não vai se aglomerar”, destaca.
Luiz Cunha avalia que a regra atual tem colaborado para aumentar as aglomerações nos supermercados. “Infelizmente o resultado desta regra acaba provocando o que ela queria evitar que é a aglomeração. Cremos que o Comitê vem ser sensível a essa demanda em função de uma melhora no atendimento e para evitar as aglomerações que já aconteceram”, disse.
Para Luiz as empresas de Cruzeiro do Sul que estão sendo muito fiscalizadas, adotaram os protocolos conseguiram dar a sua colaboração. “Pedimos que apenas uma pessoa de cada família vá fazer as compras, é preciso aprender a seguir as regras e não preciso ir todo mundo, duas ou três pessoas e até evitar levar crianças para os supermercados”, finaliza.
MANIFESTO DA INDÚSTRIA, COMÉRCIO E SERVIÇOS DO MUNICÍPO DE CRUZEIRO DO SUL – ACRE
AO PREFEITO DE CRUZEIRO DO SUL
AO GOVERNADOR DO ESTADO DO ACRE
AO COMITÊ DE ACOMPANHAMENTO ESPECIAL DO COVID-19 (CAECOVID)
Por meio do presente, os proprietários das Indústrias, Comércios e Prestadoras de Serviços, do Município de Cruzeiro do Sul, vem, respeitosamente, à presença do Comitê Acre sem Covid, expor e requerer o que segue:
Os demais representantes provocaram o questionamento acerca da possibilidade de Cruzeiro do Sul ter seus índices de contágio medidos de forma municipal e não mais Regional, forma criada para monitoramento da crise sanitária.
Os números ora colacionados, obtidos junto à Secretaria Municipal de Saúde de Cruzeiro do Sul, Laboratórios de Analises Clínicas que aqui atuam e a imprensa local, informam uma significativa redução do número de contaminações e internações nesta cidade.
Oportuno relatar que o Hospital de Campanha de Cruzeiro do Sul vem recebendo pacientes oriundos de outras cidades do estado do Acre, inclusive da capital, e de outros Estados, o que sempre coloca o município numa classificação alta de ocupação de leitos de UTI, quando a realidade do município é de queda vertiginosa na confirmação de novos casos, seja na rede pública de saúde ou nos laboratórios da rede privada.
Desta forma, não se pode conceber que a cidade de Cruzeiro do Sul receba o mesmo tratamento normativo de outras cidades/regiões nas quais as medidas menos invasivas foram insuficientes. Estando localizado a 600km da capital, Rio Branco, seria de menor prejuízo econômico que o Estado utilizasse barreiras sanitárias, impedindo assim que pessoas infectadas adentrassem os limites do município.
Este Comitê se dirige às autoridades Estadual e Municipal, para fazer as seguintes sugestões:
– Que o decreto estadual nº 8.147/21 tenha seus efeitos suspensos à partir do dia 10 de Abril;
– Por ser feriado santo dia 02 de Abril, sexta-feira, as atividades comerciais possam acontecer normalmente no dia subsequente, dia 03 de Abril, sábado de Aleluia, evitando aglomerações na quinta-feira, dia 01 de Abril, e na segunda-feira dia 05 de Abril;
– Que o Município de Cruzeiro do Sul, seja avaliado de forma Municipal, e não mais como uma Regional, o que está dizimando as empresas e consequentemente a economia local;
Assim, diante de todo o exposto, requeremos de Vossas Senhorias que se dignem a considerar as sugestões aqui elencadas e que sejam observados critérios de distinção de aplicação das medidas restritivas por cidade, a fim de minimizar os profundos impactos econômicos e sociais que a restrição das atividades está provocando.
Cruzeiro do Sul-Acre, 30 de março de 2021.
Luiz Cunha
Presidente da Associação Comercial e Empresarial de Cruzeiro do Sul
Janaina Terças
Coordenadora da FIEAC no Juruá