Cruzeiro do Sul, Acre, 26 de novembro de 2024 23:41

Contratação de motoboys cresce durante a pandemia em Cruzeiro do Sul

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Em Cruzeiro do Sul a pandemia da Covid-19 tem gerado empregos em alguns setores considerados essenciais. A cidade, como todo estado do Acre está na fase vermelha e com o isolamento social os comerciantes da área de alimentação só podem trabalhar com o sistema delivery muitos empresários contrataram motoboys para as entregas fazendo movimentar a economia.

De acordo com o estudo mais recente realizado pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) o número de entregadores e motoboys cresceu 3,5% em todo Brasil em 2020. O levantamento mostrou ainda que o país já conta com 950 mil motoboys e entregadores que atendem por aplicativos.

O motoboy Ladisson Tavares, que trabalhava fazendo fretagem ao ficar sem condição de trabalhar teve que investir numa nova profissão. Ele mora com a esposa Jacintha Azevedo e a filha Ana Catarina, de sete meses e pra ajudar com os gastos em casa prosseguiu na carreira de motoboy.

“Em relação a pandemia como Motoboy o lockdown não me afetou, na verdade, melhorou muito, pois eu trabalho por entrega. Quanto mais entregas, mais eu ganho. O que nos afetou mesmo foi o valor da gasolina que aumentou bastante”, conta Ladisson.

Edinilson Mesquita, também motoboy, é mais um exemplo de pessoa que se reinventou nesta pandemia. Antes, ele era aluno da turma de Biologia do Campus Floresta, da Universidade Federal do Acre (UFAC), mas por conta da pandemia precisou se refazer para ganhar uma renda extra.

“Nesta pandemia acredito que a vida de muita gente mudou, as pessoas passaram a adquirir novos hábitos e se reinventar, principalmente no que se relaciona a estabilidade econômica. Eu também tive que me reinventar, descobri um talento que eu não tinha e uma nova forma de como me manter”, declara.

O motoboy Ednilson complementou ainda sugerindo as autoridades do município sobre a valorização da classe e na criação de uma associação dos motoboys. “Com o aumento da gasolina e a desvalorização da nossa classe se existisse uma organização que lutasse por nossos direitos, ajudaria muito mais”, apontou o estudante.