Cruzeiro do Sul, Acre, 26 de dezembro de 2024 11:04

COP 29 – Painel Acre Resiliente é apresentado na COP por gestores do estado

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No dicionário resiliência significa a capacidade de recuperação após uma situação de crise ou infortúnio. Foi exatamente para mostrar as ações do estado durante as alagações e secas extremas que na sexta, 15, na COP 29, em Baku, no Azerbaijão, foi apresentado o painel Acre Resiliente: Estratégias Estaduais de Enfrentamento e Adaptação às Mudanças Climáticas.

A vice-governadora Mailza Assis fez um resumo das necessidades de enfrentamento das alagações e secas severas que têm assolado o estado.

Vice-governadora falou sobre o enfrentamento das crises climáticas no estado. Foto: Pedro Devani/Secom

“Estamos aqui para conversar sobre os problemas do Acre com os eventos climáticos extremos e também as soluções. É importante discorrer sobre as estratégias para reduzir os efeitos das cheias e secas que temos enfrentado. O nosso estado tem uma política ambiental forte e somos líderes de preservação. Mas sobretudo estamos preparados juridicamente para fazer qualquer acordo que possa nos ajudar a enfrentar esses extremos através de parcerias e financiamentos externos,” disse Mailza.

Toda a Amazônia tem sofrido com os extremos climáticos. E para a vice-governadora é possível prevenir algumas situações e reduzir os danos.

“No primeiro semestre do ano tivemos cheias e no segundo uma grande seca. Assim não houve um período imune às dificuldades e precisamos de recursos e união para esse enfrentamento. Também temos que investir em tecnologia. Por isso, estamos estruturando as nossas secretarias para auxiliar a população aderindo a programas que nos ajudem nessa situação. O Acre tem 86% por cento das suas florestas preservadas e o nosso propósito é incrementar uma política que protege a vida e o meio ambiente,” argumentou.

Acre já tem todo um aparato jurídico para garantir a segurança na captação de recursos. Foto: Pedro Devani/Secom

O secretário de Estado de meio ambiente Leonardo Carvalho reforçou o ponto de vista.

“O Acre tem segurança jurídica para investimentos daqueles que têm interesse. Criamos o Sistema de Serviços Ambientais para sensibilizar os investidores. Assim podemos traçar estratégias e um plano de resiliência com um fundo específico para receber recursos para as ações emergenciais,” ponderou Leonardo.

Francisca Arara , secretária Extraordinária de Povos Indígenas também ressaltou a importância das parcerias para o enfrentamento das situações ambientais extremas.

Para Francisca Arara, preservar a floresta é fundamental. Foto: Pedro Devani/Secom

“O Acre está apto para receber qualquer tipo de programa nacional e internacional que venha nos auxiliar. Já temos um plano de adaptação com uma demanda necessária de R$ 2 bilhões. Criamos as condições ideais para a confiança dos investidores que queiram nos ajudar a preservar a floresta e fomentar ações para as populações indígenas, ribeirinhas e de pequenos agricultores,” disse Francisca.

Educação ambiental e prevenção aos eventos extremos

O Coronel Charles Santos, comandante do Corpo de Bombeiros do Acre, descreveu um pouco das ações da sua Corporação diante dos eventos extremos.

“Educação ambiental é essencial”, pontuou o comandante-geral do CBMAC, coronel Charles Santos. Foto: Pedro Devani/Secom

“Esse é um problema global em que todas as nações estão sofrendo. E o Acre é um exemplo de resiliência, mas precisa do apoio dos seus colaboradores. Mesmo porque temos mantido grande parte da nossa floresta em pé e precisamos de ações colaborativas para que a nossa população não sofra ainda mais com essa situação,” ressaltou o Coronel.

Charles Santos coloca entre as ações preventivas a educação ambiental nas comunidades como essencial.

“É preciso mostrar aos nossos cidadãos como devem se comportar em relação ao meio ambiente para não agravar ainda mais as situações extremas. Vamos potencializar o monitoramento em todo o estado e valorizar os guardiões da floresta, essa população que está na ponta, para poder dar a primeira resposta nas situações extremas de alagações e incêndios,” afirmou.

Secretário ressaltou o Acre como rota de turismo. Foto: Pedro Devani/Secom

O turismo regenerativo foi apresentado como uma das alternativas para gerar renda aos moradores e preservar o meio ambiente pelo secretário de turismo e empreendedorismo, Marcelo Messias.

“Trouxemos um projeto para a COP que já estamos trabalhando. Através de ações podemos regenerar regiões que sofreram com danos ambientais para entregar aos turistas. Precisamos ter uma visão de sustentabilidade também em relação ao turismo. E o Acre está muito a frente nessa modalidade turística com potencialidades de belezas naturais imensas,” ressaltou Marcelo