O laboratório AstraZeneca anunciou a suspensão dos testes globais da candidata à vacina contra a Covid-19. É a vacina que estava sendo elaborada, estudada, testada, em parceria com a Universidade de Oxford. O motivo, segundo o site de notícias dedicado à saúde Stat News, seria uma reação adversa que um dos participantes do teste teria tido.
Tanto a Fiocuz quanto a Anvisa já foram informadas oficialmente da decisão.
A vacina já estava na fase 3 do teste clínico, que é a fase de demonstração de eficácia. E é justamente a que o Ministério da Saúde planeja fabricar e distribuir a partir de janeiro. A Fiocruz informou que, agora, vai acompanhar os resultados das investigações sobre a possível associação de efeito registrado para se pronunciar oficialmente.
O Ministério da Saúde informou que a suspensão temporária do estudo tem regras definidas em protocolo e feita com base em padrão internacional de avaliação de segurança. Neste momento, portanto, com essa pausa nos testes, não haverá a inclusão de novos participantes. Mas o Ministério da Saúde reafirmou o compromisso em garantir uma vacina segura e eficaz para a população.
Ontem (8) mesmo, pela manhã, antes do anúncio da suspensão temporária dos testes, o ministro interino da Saúde, o general Eduardo Pazuello, chegou a dizer que a expectativa é começar a vacinação de todo mundo já em janeiro, sem citar nominalmente a AstraZeneca.
Lembrando que o governo brasileiro assinou um memorando de entendimento com a AstraZeneca prevendo a compra de 30 milhões de doses da vacina, com entrega já para dezembro deste ano e janeiro do ano que vem, com a possibilidade de aquisição de mais 70 milhões de doses se a vacina tiver eficácia e segurança comprovadas.
O acordo também prevê a transferência de tecnologia, para que a Fiocruz, aqui no Brasil, comece a produzir essa vacina ainda no primeiro semestre do ano que vem, em meados de abril.
Edição: Lana Cristina