O censo Covid-19 do Hospital Regional do Juruá informa que, na manhã desta segunda-feira (04), o Hospital de Campanha de Cruzeiro do Sul, especializado no tratamento da doença na Regional do Juruá, tem um total de 10 pacientes internados e que no período do final de semana, de 01 a 04 de abril, ocorreu a morte de um paciente criança, de um ano de idade, do município de Feijó, que estava na UTI Covid.
Do total de 10 pacientes oito estão na Clínica Médica Covid sendo dois de Cruzeiro do Sul com três positivos e um suspeito de estar infectado pela doença. Quatro estão negativados aguardando conduta médica e dois pacientes estão internados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Covid, um de Cruzeiro do Sul e outro de Guajará, com um intubado.
No final de semana ocorreram ainda três altas hospitalares, duas transferências internas da Clínica Médica Covid para a UTI Covid e mais cinco admissões de novos casos na Clínica Médica Covid. A morte da criança e as internações de novos casos mostram que a pandemia não acabou sendo necessária ainda a observação dos cuidados sanitários.
Os casos de morte ou de sequelas graves causadas pela Covid-19 em crianças justificam a necessidade de incluí-las no calendário de vacinação o quanto antes. Isso porque o Brasil soma 1.449 mortes de meninos e meninas de até 11 anos em decorrência do novo coronavírus e mais de 2.400 casos da Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica (SIM-P) associada à Covid-19, conjunto de sintomas graves que podem levar à morte, desde o início da pandemia, segundo o Ministério da Saúde.
Ainda segundo a pasta, a Covid-19 está entre as dez principais causas de morte de crianças entre cinco e 11 anos no Brasil – atrás apenas dos acidentes de trânsito.
“A vacinação desse público é estratégia importante para reduzir o número de mortes por conta da Covid-19 nessa faixa etária no Brasil, cujos indicadores são mais expressivos do que em outras nações”, descreveu a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) em nota publicada nesta sexta (6).
Para a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIM), “nenhuma morte de crianças é negligenciável”. “É inadmissível testemunhar crianças serem hospitalizadas e falecerem por doenças preveníveis por vacinas”, disse a entidade em pronunciamento divulgado também nesta sexta (6).