Depois de matar a ex-esposa o assassino cortou o próprio pescoço com uma faca
A violência contra as mulheres causa mais uma vítima com o assassinato da senhora Ivanete Sarah Freire, 47 anos, na manhã desta segunda-feira (17). Cruzeirense ela estava separada do marido, com quem conviveu por 10 anos. Há cerca de dois anos ela morava, atualmente, em Juiz de Fora (MG), onde trabalhava como sócia numa loja de roupas.
A loja onde aconteceu o feminicídio está situada numa galeria na parte baixa da Rua São Sebastião, quase esquina com a Rua Batista de Oliveira, no centro da cidade. Segundo as informações da imprensa mineira ela foi enforcada com uma corda pelo ex-marido, Renilson Rodrigues da Silva, por supostamente não aceitar o fim do relacionamento.
Por algumas vezes ele tentou reatar o relacionamento. A vítima morava na cidade há cerca de dois anos em Juiz de Fora numa área central onde também trabalhava, local que foi assassinada. De família tradicional de Cruzeiro do Sul Ivanete morava com uma filha que esteve no local do crime, mas não permaneceu devido ao seu estado de choque diante da morte violenta da mãe.
O assassino surpreendeu a vítima na loja e baixou a porta de ferro para cometer o crime. Os corpos foram achados ensanguentados no chão, próximo ao balcão. Renilson estava caído sobre a ex-mulher depois que uma guarnição da Polícia Militar foi acionada por uma sócia da vítima que descobriu o feminicídio depois de alertada pelos comerciantes vizinhos.
“Ela foi conferir o porquê de a loja estar fechada e, quando abriu a porta, se deparou com a cena do crime”, informou um comandante da guarnição da Polícia Militar que atendeu a ocorrência. “Um comerciante acredita ter ouvido gritos, mas como tem bastante barulho (na galeria), ele não conseguiu distinguir o fato de ter sido um atentado contra a vida”, observou o capitão.
O policial militar acrescentou que a mulher estaria sozinha quando o ex-companheiro chegou ao estabelecimento. Ela foi vista abrindo a loja por volta das 8h. Outra pessoa que trabalha na galeria relatou à polícia que ouviu dois gritos, aparentemente femininos, por volta das 9h30. Como a luz da loja estava acesa, bateu à porta junto com o zelador, mas não obteve resposta. Em seguida, comunicaram a situação à sócia para ela poder verificar o local.
O comandante da 30ª Cia confirmou que o casal teve um relacionamento em data pretérita. “Aparentemente, o autor não aceitou a separação, o término do relacionamento.” Durante o atendimento da ocorrência, a PM ainda não tinha constatado qualquer passagem do suspeito por crime de violência doméstica em Minas Gerais. “Vamos consultar bancos de outros estados para verificar essa informação.”, ressaltou.
Os óbitos foram confirmados ainda na loja pelo Samu e, após os trabalhos da Perícia da Polícia Civil, concluídos por volta das 13h, foram levados por uma funerária para necropsia no Instituto Médico Legal (IML). Conforme a PM, na cena do crime não foram constatados ferimentos à faca na vítima, mas o exame mais detalhado no IML poderá confirmar as causas das mortes. O caso será investigado pela Delegacia Especializada de Homicídios.