O delegado da Polícia Civil, Rômulo Carvalho, titular da Delegacia de Atendimento à Mulher e ao Menor (DEAM), em entrevista nesta segunda-feira (19), na Delegacia Geral de Polícia Civil de Cruzeiro do Sul, fez uma avaliação do final de semana que teve um homicídio e um feminicídio num dia considerado pesado pelos crimes cometidos.
“Infelizmente foi registrado neste domingo um homicídio, provavelmente na madrugada de sábado (17) e um feminicídio na tarde de domingo (18). As diligências foram iniciadas, no caso do feminicídio a autoria está definida e o suspeito já está sendo procurado”, informou o delegado ao destacar a necessidade de testemunhas do crime para os procedimentos.
Segundo o delegado já foram levantadas informações de que existem procedimentos que a vítima e o suspeito levaram ao conhecimento da Polícia e do Judiciário e depois do crime a Polícia Civil tem que angariar a maior parte de provas possíveis, inclusive oitivas de testemunhas para elucidar o crime.
“O domingo foi muito pesado em Cruzeiro do Sul com esses dois crimes bárbaros, mas na DEAM já dei prioridade para esse crime e também do jovem Mateus que está desaparecido. O ex-companheiro da vítima já tinha passagem pela polícia, inclusive com Medidas Protetivas e tudo que puder ser feito para elucidar o crime será realizado”, afirma o delegado.
No caso do homicídio Rômulo Carvalho informa que testemunhas foram ouvidas, mas ainda não se tem nada de concreto sobre a autoria e o caso será conduzido pelo delegado Lindomar ao ressaltar que foi um crime bárbaro onde provavelmente a vítima não pode se defender, cometido num local de difícil acesso, que não tem câmeras de segurança nas proximidades ou testemunhas oculares.
“É uma situação que dificulta um pouco a investigação, mas com certeza o Setor de Homicídios da Delegacia Geral de Polícia Civil deverá encaminhar o caso para dar a resposta devida”, enfatiza o delegado que deixa também uma orientação às mulheres que tem Medidas Protetivas expedidas pelo Poder Judiciário para garantir sua proteção.
“No caso de descumprimento da medida vigente a mulher tem que acionar imediatamente a polícia, principalmente pelo 190 porque se o infrator for preso em flagrante poderá, inclusive, ser decretada sua prisão preventida. É preciso comunicar também ao Judiciário e ao Ministério Público nos casos de descumprimento de Medida Protetiva”, orienta.
