A professora Melania Oliveira, funcionária pública de Marechal Thaumaturgo, atual coordenadora Pedagógica da Associação de Pais e Amigos de Pessoas com Autismo ( APAA-CZS) denunciou o município, por um desconto indevido em seu salário. Atualmente Melania reside em Cruzeiro do Sul, onde acompanha o tratamento do filho autista, diagnosticado com transtorno em 2017.
Como em Marechal Thaumaturgo não existem profissionais para a necessidade e acompanhamento terapêutico do filho,ela teve que mudar para um centro onde o tratamento é um pouco mais avançado.
Segundo a professora, no início de 2021 os gestores municipais não se sensibilizaram com a causa e ela sofreu um desconto indevido no salário, mesmo estando de atestado médico. A quantia descontada, diz Melania, estava sendo guardada para a realização para o pagamento de despesas pessoais e de uma Avaliação neuropsicológica do filho que só é feita na rede particular de saúde.
“Como funcionária e mãe gostaria muito que os gestores do Município de Marechal Thaumaturgo se sensibilizassem mais com a causa do Autismo, que seja trabalhado o tema na semana do Autismo e realmente seja divulgado, porque só conhecendo sobre o assunto para se sensibilizar com a causa. Não é fácil, é uma missão árdua, de muito amor, coragem”, diz.
Ela faz um alerta para pais e mães, sobre sinais que os filhos podem apresentar e que indiquem a presença do autismo. A professora explica que é preciso prestar muita atenção nos sinais de alerta da criança, nos atrasos de linguagem, estimular bastante precocemente e quando notar atrasos procurar ajuda porque não poder esperar apenas pelas terapias.
“É preciso evitar birras, tentar antecipar o que vai acontecer, reduzir a estimulação ambiental, deixar claro o que a criança vai fazer com demandas mostrando como deve ser feito, usar painel de antes e depois para amenizar a ansiedade e tirar um tempo para brincar com sua criança”, explica.
A Professora disse que depois de fazer uma minucioso relato de sua situação à Secretaria de Educação do Município, foi informada por meio de uma mensagem, que o município se comprometeu em repor o desconto irregular na próxima folha de pagamento, mas na de março não foi devolvido.