Cruzeiro do Sul, Acre, 26 de dezembro de 2024 11:08

Finados – Milhares de cruzeirenses homenageiam entes queridos e mãe pede que cemitério do Morhan seja revitalizado

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Mesmo com a chuva desde as primeiras horas da manhã deste sábado (02), feriado de Dia de Finados, cruzeirenses compareceram aos cemitérios São João Batista, no centro da cidade e Jardim da Paz, na estrada velha do Aeroporto para homenagear seus entes queridos que estão sepultados e relembraram emocionados suas memórias.

O cemitério São João Batista, primeiro da cidade, agora só recebe sepultamentos de pessoas que tem jazigos familiares e tem túmulos construídos ainda no início da cidade que apesar de sofrerem desgastes pelo tempo estão ainda quase intactos. Muitos deles precisam que o poder público possa se interessar em recuperar suas lápides.

Túmulo de 1913 é um dos mais antigos do cemitério São João Batista que precisam serem recuperados

Um grande movimentou marcou o dia de Finados no cemitério São João Batista na homenagem aos mortos e os vendedores de velas e flores garantiram um bom faturamento. O empresário Bocão, que todos os anos leva sua barraca para atender a população, avalia que não tem do que reclamar das vendas e agradece todos que prestigiaram sua barraca.

Túmulo do ex-governador Orleir Cameli e seus familiares é um dos que estão construidos no Cemitério Jardim da Paz

No cemitério Jardim da Paz milhares, o mais novo do município, milhares de pessoas também fizeram sua homenagem aos parentes sepultados. Numa das áreas do cemitério estão sepultadas as vítimas da pandemia da Covid e muitas pessoas ainda se emocional com a separação que na sua grande maioria não tiveram a oportunidade e de uma despedida.

Outro cemitério da cidade, localizado no bairro do Telégrafo, denominado cemitério do Morhan, que por muitos tempos permaneceu abandonado, mas na gestão do prefeito Zequinha Lima passou também a receber o serviço de limpeza, estão sepultadas pessoas vítimas da hanseníase e também outros que faleceram no hospital do Morhan.

Ocupando um pedaço de um quarteirão o cemitério tem várias sepulturas, na sua maioria depredadas, além da ruína da capela que foi construída pela Prelazia do Alto Juruá. Numa delas está sepultado o filho de dona Néri, que morreu com sete meses. Ela mora em Guajará e todos os anos no Dia de Finados vem a Cruzeiro do Sul para visitar junto com a filha a sepultura.

“Quero conseguir uma autorização das autoridades para construir essa sepultura e peço que esse serviço de limpeza que agora está sendo feito pela prefeitura seja mantido também durante todo o ano. Ficaria muito bom se essa área fosse reconstruída, inclusive a capela, porque aqui estão sepultados muitos entes queridos da nossa população”, pede.

“Tenho três filhas mulheres e Deus não deixou criar esse filho homem, mas tudo é de acordo com a vontade Dele. Peço que o cemitério seja recuperado, aqui estão nossos entes queridos, estava pensando que não ia conseguir visitar porque estava cheio de mato, mas a limpeza foi feita e peço que o prefeito possa recuperar o cemitério e me autorizar a construir a sepultura”, ressalta.