Cruzeiro do Sul, Acre, 24 de fevereiro de 2025 19:21

Saudade e orações pelos mortos da Covid que somam mais de 200 no cemitério Jardim da Paz

tumulos covid (1)

Familiares e amigos visitaram os cemitérios de Cruzeiro do Sul, nesta quarta-feira (02), Dia de Finados, um dia ensolarado que marcou o primeiro sem as restrições depois da pandemia da Covid-19 que levou a morte mais de 200 cruzeirenses que foram sepultados numa área separada dos demais no cemitério Jardim da Paz devido aos possíveis riscos da doença.

Agora, as famílias já tiveram autorização para construir os túmulos das vítimas que na sua maioria foram sepultadas sem a presença dos seus familiares pelo protocolo estabelecido pelo Comitê Covid-19 que buscava evitar a contaminação de mais pessoas pela doença que assolou as comunidades em todos os estados do Brasil e no mundo.

Manoel Francisco Gomes Arara, o índio Coronel, por exemplo, pessoa bastante conhecida na comunidade cruzeirense, foi uma das vítimas que foi sepultada sem a presença da família. Depois de adoecer rapidamente ele apresentou complicações devido ao vírus da doença e não conseguiu recuperar sua saúde. Seu sepultamento aconteceu a meia-noite sem a presença de familiares.

Na área do cemitério da Covid-19 os familiares foram autorizados também a construção de túmulos e muitos deles já foram erguidos para preservar a memória das vítimas na sua maioria pessoas conhecidas da comunidade.

O enfermeiro Roberto Holanda, o gerente da Eletroacre Melo, o técnico em eletrônica Zezinho, o empresário Chiquinho do Mercado, a senhora Zilda Rebouças, Zeca Ciacci, Maria Terezinha Rebouças, Bomfim, estão entre os cruzeirenses sepultados no cemitério destinado às vítimas da Covid-19.