Na manhã desta terça-feira (29), durante a sessão ordinária na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), o Deputado Emerson Jarude (Partido Novo) fez um discurso enfático abordando as dificuldades enfrentadas pelo Estado devido às políticas econômicas adotadas pelo governo. Ele destacou que a falta de clareza nas informações tem causado impactos negativos na população e chamou a atenção para a necessidade de esclarecer questões técnicas.
O cerne do discurso do deputado foi a análise crítica dos decretos do governo, onde ele apontou uma série de irregularidades e falhas. Um dos pontos discutidos foi a abertura de crédito suplementar no valor de R$ 267 milhões. O governo alega que esse montante será utilizado para gastos adicionais, porém, segundo Jarude, parte significativa desse valor (R$216 milhões) é proveniente do excesso de arrecadação do ano anterior. Ele enfatizou que o governo, de forma intencional, comete erros na mensuração do orçamento para o ano subsequente, o que leva a remanejamentos de verbas e, muitas vezes, à não utilização de recursos em áreas já previstas.
O deputado apontou que essa prática não representa uma verdadeira redução de gastos, mas sim um redirecionamento desses recursos para outros fins. Ele afirmou que o governo tem comunicado à imprensa que está efetuando cortes e reduções de gastos, mas na realidade está apenas reorganizando o destino desses valores. A falta de transparência nesse processo, de acordo com Jarude, impede a população de compreender plenamente a situação e cria uma imagem distorcida das ações governamentais.
Outro ponto destacado no discurso foi a dificuldade da equipe econômica do governo em fornecer informações claras e precisas. Isso, segundo Jarude, resulta em um desperdício de tempo e energia, uma vez que os parlamentares precisam constantemente esclarecer e desvendar as informações equivocadas. O deputado enfatizou que, em meio a essas disputas políticas, quem sofre as consequências é o cidadão acreano.
Para ilustrar sua argumentação, Emerson Jarude mencionou o caso dos moradores da Terra Prometida, que, segundo ele, foram prejudicados pelo governo ao terem que desocupar o espeço. Ele acusou o Executivo de abandonar esses moradores, que agora se encontram acampados em frente ao prédio da Aleac, após serem desalojados de suas residências. O deputado destacou a falta de ações efetivas por parte do governador em auxiliar essa população vulnerável.
“Conclamo por mais responsabilidade e transparência por parte do governo, há necessidade de medidas que realmente beneficiem o cidadão acreano. A falta de planejamento da equipe econômica tem trazido implicações para o nosso Estado”, finalizou.
