A massoterapeuta e maquiadora Mari, que aos poucos retorna suas atividades, avalia com preocupação as dificuldades e limitações causadas pela pandemia da Covid-19, que nos últimos seis meses de 2020 paralisou completamente seu ramo de trabalho, a maquiagem, atividade que ela mais ama fazer e que com a pandemia quase foi extinta.
A empreendedora lembra que o primeiro grande problema da pandemia para o mercado de trabalho foi com certeza o medo de trabalhar devido ao grande índice de contaminação da doença. Em 2020 ela passou seis meses sem fazer nenhum trabalho e nesse ano quase dois meses devido aos decretos, pela falta de clientes e principalmente pelo medo de atender.
“Passamos o ano de 2020 quase sem fazer atendimento e ter que acordar todos os dias em busca de um ânimo novo para mostrar ao cliente que dava para trabalhar de forma segura, com horário limitado foi o mais complicado e ainda entender que a pandemia não passa em três ou quatro meses, mas vai se perdurar ainda muito anos”, avalia Mari.
Neste momento que as atividades estão sendo retomadas Mari avalia que existe uma preocupação do empreendedor, principalmente na sua área, a maquiagem, que aos poucos, com todos os cuidados sanitários e de forma segura começam a se concretizar com a confiança do cliente que ficou abalada pelos resultados da pandemia.
Mari avalia que quando se inicia um novo empreendimento tudo é muito difícil e complicado sendo necessário um impulso porque na área do empreendedorismo não é só vender, mas precisa de apoio, incentivo e capacitação para que se possa crescer porque para quem está na área de vendas é preciso saber sobre todo um contexto.
“O exemplo de vida que uso é que para fazer um bom bolo se precisa de fermento. Avalio que toda que vez que o empreendedor ganha um apoio e é alimentado com novas ideias ele é impulsionado e mostra que ele capaz de conseguir crescer de maneira bem mais rápida e fácil”, destaca a maquiadora.
Mari sente carência pela volta do início das atividades. “Nessa volta estou avaliando de como iniciar de novo, como melhorar o atendimento e inserir um novo serviço na área de trabalho. Na maquiagem opino mais pelos cursos, nos procedimentos de massagem, uma coisa que gosto muito também, tento me reinventar para atrair o cliente para conseguir me manter nesse período”, explica.
A empreendedora lembra que quando começou a empreender em 2017 naquele momento haviam muitas palestras sobre empreendedorismo, mas no período da pandemia devido as limitações e a impossibilidade de reuniões as palestras também puderam mais acontecer ficaram sem o apoio.
O gerente da Unidade Regional do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequena Empresa e ao Micro Empreendedor (Sebrae), Jairo Negreiros, destaca que a missão da entidade é orientar e fomentar para que os empreendedores, que na sua maioria já tem algumas aptidões, se tornem sustentáveis e tenham um negócio lucrativo.
Jairo Negreiros explica que o empreendedor tem a ideia de implantar um negócio, mas para implementá-lo é preciso um plano para ver a viabilidade, pois nem todas as atividades são viáveis, sendo necessário avaliar vários fatores para garantir um empreendimento rentável e para facilitar ainda mais a atividade ele incentiva aos empreendedores se formalizarem.
“O empreendedorismo não tem idade, as vezes já vem do berço e continua até a melhor idade, muitos estudantes tem muitas ideias e trabalhamos em palestras e capacitações, mas quando ele é formalizado o Sebrae já tem mais respaldo para atuar e pode ajudar na elaboração do plano de negócios, cursos de gestão empresarial, financeira e gestão em tecnologia”, explica.
