Os aeroportos de Rio Branco (Plácido de Castro) e de Cruzeiro do Sul, no Acre, foram vendidos na manhã desta quarta-feira, 7, para a empresa francesa Vinci Airports. Os espaços foram arrematados durante o leilão do governo federal, pela venda do Bloco Norte, que leva mais cinco aeroportos: de Manaus, Tabatinga (AM), Tefé (AM), Porto Velho (RO) e Boa Vista (RR).
A venda de todo o Bloco Norte, que inclui os dois aeroportos do Acre, foi arrematada por R$ 420 milhões, num ágio de 777,47%. Ao todo, o governo brasileiro arrecadou mais de R$ 3,3 bilhões com o leilão de 22 aeroportos nesta quarta. Todos os três blocos (Norte, Central e Sul) foram vendidos.
Sete concorrentes participaram da disputa. A Companhia de Participações em Concessões, subsidiária do grupo CCR, que já atua na concessão do aeroporto de Confins (MG), arrematou agora os blocos Sul e Central (15 aeroportos). Já a francesa Vinci, que opera atualmente o aeroporto de Salvador, ficou com o bloco Norte (7 aeroportos).
Além do valor à vista, as regras do leilão preveem uma outorga variável, a ser paga a partir do quinto ano de contrato. O investimento total nos 22 aeroportos, que foram divididos em 3 blocos, é estimado em R$ 6,1 bilhões durante os 30 anos de concessão.
O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, comemorou o resultado do leilão desta quarta e a participação de grupos nacionais e estrangeiros. “O Brasil merece esse crédito, é um país rico em oportunidades. Que atravessa um momento difícil sim, mas tem capacidade de se reinventar”, disse. “O desafio é gerar o máximo de empregos que pudermos”. O governo de Jair Bolsonaro vem tentando atrair investimentos privados para reanimar a economia brasileira, que em 2020 registrou um tombo histórico de 4,1% do Produto Interno Bruto (PIB).