Publicação internacional mostra que mesmo diante do cenário caótico no país causado pela pandemia, no Acre a diminuição da expectativa de vida de sua população foi uma das menores da região Norte
Enquanto a Covid-19 causou a perda de mais ou menos 3 anos na expectativa de vida dos brasileiros de um modo geral, no Acre essa redução foi menor. É o que concluiu um estudo divulgado pela editora de artigos científicos Springer Nature, uma empresa teuto-britânica especializada em publicações acadêmicas.
Profissional de enfermagem da Unidade Mista de Saúde de Acrelândia; a dedicação dos trabalhadores em saúde aliada às políticas do governo Gladson Cameli permitiram que enfrentamento da pandemia fosse encarado com muita seriedade Foto: Odair Leal/Secom
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Na região Norte, o Acre ficou apenas atrás do Tocantins, onde a redução da expectativa de vida foi de 1.18 ano. No Acre, ela ficou em 1.79.
“Todos os outros [estados do Norte] perderam dois anos ou mais de expectativa de vida”, explica Marcos Lima, epidemiologista da Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre).
Para chegar a esses números, os editores da Springer Nature analisaram a quantidade de mortes na pandemia e mostraram que, mesmo diante de um cenário caótico no país, o Acre foi o segundo estado da região Norte que sentiu menos o número de óbitos.
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Isso se dá em razão da forma como o governo do Estado lidou com a pandemia, desde o surgimento dos primeiros casos.
A leitura que faz Marcos Lima é a de que a concentração de esforços no enfrentamento da pandemia, com organização e seriedade, permitiu ganhos formidáveis.
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“A pesquisa é uma prova que mesmo com as dificuldades que temos, nos organizamos e conseguimos sofrer menos com a pandemia. Se não tivéssemos tido essa organização, poderia ter havido mais casos e, consequentemente, muito mais mortes, refletindo precariamente na saúde do Acre como um todo”, ressalta o profissional.