Cruzeiro do Sul, Acre, 5 de fevereiro de 2025 23:03

Estudo Britânico-Alemão – Acre é o 2º estado do Norte que menos foi prejudicado na expectativa de vida com a pandemia

Calçadão do Colégio Acreano, no centro de Rio Branco, em junho de 2020; no auge da pandemia, população já se precavia contra os efeitos da contaminação, em parte graças aos alertas do governo do Estado Foto: Odair Leal/Secom

Publicação internacional mostra que mesmo diante do cenário caótico no país causado pela pandemia, no Acre a diminuição da expectativa de vida de sua população foi uma das menores da região Norte

Enquanto a Covid-19 causou a perda de mais ou menos 3 anos na expectativa de vida dos brasileiros de um modo geral, no Acre essa redução foi menor. É o que concluiu um estudo divulgado pela editora de artigos científicos Springer Nature, uma empresa teuto-britânica especializada em publicações acadêmicas.

Profissional de enfermagem da Unidade Mista de Saúde de Acrelândia; a dedicação dos trabalhadores em saúde aliada às políticas do governo Gladson Cameli permitiram que enfrentamento da pandemia fosse encarado com muita seriedade Foto: Odair Leal/Secom
O estudo mostra que a Covid-19 no Brasil resultou na perda de mais ou menos 3 anos da expectativa de vida de sua população. No Acre, no entanto, a notícia mais favorável é a de que o estado foi o segundo na região Norte a sentir menos, com sua população perdendo pouco mais que 1 ano de vida.

Na região Norte, o Acre ficou apenas atrás do Tocantins, onde a redução da expectativa de vida foi de 1.18 ano. No Acre, ela ficou em 1.79.

“Todos os outros [estados do Norte] perderam dois anos ou mais de expectativa de vida”, explica Marcos Lima, epidemiologista da Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre).

Para chegar a esses números, os editores da Springer Nature analisaram a quantidade de mortes na pandemia e mostraram que, mesmo diante de um cenário caótico no país, o Acre foi o segundo estado da região Norte que sentiu menos o número de óbitos.

Profissional da Saúde prepara dose de vacina contra o coronavírus; governo do estado sempre esteve presente nas ações da imunização Foto: Odair Leal/Secom

Isso se dá em razão da forma como o governo do Estado lidou com a pandemia, desde o surgimento dos primeiros casos.

A leitura que faz Marcos Lima é a de que a concentração de esforços no enfrentamento da pandemia, com organização e seriedade, permitiu ganhos formidáveis.

Trabalhador descarrega aeronave com insumos para os hospitais de campanhas instalados pelo governo do Estado para o tratamento de vítimas da Covid-19 Foto: Odair Leal/Secom

“A pesquisa é uma prova que mesmo com as dificuldades que temos, nos organizamos e conseguimos sofrer menos com a pandemia. Se não tivéssemos tido essa organização, poderia ter havido mais casos e, consequentemente, muito mais mortes, refletindo precariamente na saúde do Acre como um todo”, ressalta o profissional.