Depois de passados quase quatro anos da administração do prefeito Ordean Silva as comunidades do interior, que na sua maioria não receberam investimentos no setor educacional, começam a denunciar o abandono que a atual gestão relegou alunos e escolas.
A atual denúncia mostra a precária situação da Escola Municipal São Francisco, na comunidade Paranã do Assentamento, distante da sede do município cerca de duas horas de barco pelo igarapé e depois mais cerca de 15 minutos de caminhada.
Construída ainda na primeira administração do prefeito Dr. Hélio de Paula, há cerca de 11 anos, desde que foi inaugurada a escola nunca recebeu nenhuma reforma. No ano passado a secretária municipal de Educação esteve na comunidade, mas nenhuma providência foi tomada.
“O prefeito Ordean abandonou totalmente os moradores das comunidades do interior. A situação da nossa escola é uma vergonha e mostra como eles da prefeitura trataram a população, mas a vergonha maior mesmo seria para eles se tivessem”, disse uma pessoa da comunidade.
Segundo um dos denunciantes, que enviou fotos para mostrar a insatisfação, é inaceitável a maneira que o prefeito de Guajará administra os volumosos recursos da Educação. Eles só se lembram dos cidadãos e eleitores de quatro em quatro anos quando precisam de seus votos.
“É uma grande vergonha para os gestores o abandono da nossa escola. A população precisa das escolas e investimentos na educação e saúde. Os gestores precisam ter mais comprometimento, garantir moradia, emprego, mas saúde e educação são necessidades básicas do povo”, afirma.
Sanitário em estado muito crítico e tábuas do assoalho das salas podres é outra situação perigosa. Recentemente quando um aluno foi entrar dentro da sala na hora que pisou a tábua quebrou e foi sorte ele não ter quebrado a perna no acidente.
“Para conseguir fazer as necessidades fisiológicas alunos e professores precisam ir na casas próximas e pedir para usar o banheiro dos moradores. Não se admite que um prefeito seja tão irresponsável com suas crianças e submetê-las a riscos desnecessários”, reclama outro.
A Escola São Francisco atende uma média de 60 alunos da Prefeitura e do Estado que participam dos cursos do Ensino Regular e Tecnológico, informa um dos denunciantes que avalia que se o político trabalhar as pessoas vão reconhecer seu trabalho, mas se não ninguém vai reconhecê-lo.
“É triste ver a situação da nossa escola, quando se olha de fora parece que está tudo bem, mas quando se entra é preciso escolher as tábuas onde pisar para não correr o risco de um acidente. Isso é uma vergonha para os gestores do município”, finaliza.
O Assessor de Imprensa da Prefeitura de Guajará não soube informar detalhes, mas ressaltou que a secretária municipal de Educação desceu o Rio Juruá com uma equipe para construir escolas, inclusive a da comunidade dos Carneiros, alvo de denúncia dos pais de alunos.