Encontramos o barbeiro Arnaldo Souza, na tarde desta sexta-feira (12), com seu salão de beleza ambulante montado numa tenda nas proximidades do Mercado Beira Rio. Ele, que já tem 30 anos de profissão, estava parado devido as restrições da pandemia e resolver respeitar, mas trabalhar.
Tudo que ele precisa para atender os clientes que foram chegando um a um ele tem na mesa improvisada. Tesouras diversas, pinceis para passar a espuma na barba, escovas, talco, máquinas de cortar cabelo e seus acessórios, gilete e papel higiênico.
Sem deixar desejar nada ao salão onde trabalhava o salão ambulante atende as normas sanitárias com os produtos de segurança do distanciamento social e o álcool em gel, recomendado pelas autoridades sanitárias para higienização de mãos e dos equipamentos.
Depois de montada a mesa com os utensílios, além de um grande espelho para o cliente ver como ficou o corte, na mão do barbeiro, uma novidade: á maquina de cortar sem fio, agora é o equipamento preferido do barbeiro, ou melhor, do cabeleireiro.
O ramo de cabeleireiro, um dos que mais se expande em Cruzeiro do Sul, com muitos salões de beleza nos bairros, garante o sustento de centenas de famílias cruzeirenses dos muitos que optaram pela profissão que é de utilidade pública pela necessidade de higienização dos clientes.
Arnaldo destaca que em pouco mais de 10 ou 15 minutos o cabelo fica cortadinho a gosto do cliente. “Estou obedecendo as normas da pandemia, garanto o distanciamento, mas preciso trabalhar. É muito difícil ficar parado num momento desse porque tem as contas para pagar”, avalia.
O barbeiro lembra que está com 30 anos de profissão e agora na pandemia atende nas residências. O cliente precisa cortar o cabelo, liga e vou na casa dele. Agora tem essa máquina de cortar sem fio que não precisa estar com ela ligada e facilita muito o trabalho”, ressalta.
Arnaldo começou a trabalhar na antiga barbearia do Samambaia, depois foi para um local no terminal rodoviário, em seguida para perto do Banco do Brasil e por muitos anos seu salão permaneceu num boxe lateral da galeria da catedral. Agora, depois de voltar a trabalhar ele se mostra satisfeito.
“Estou gostando do que o prefeito Zequinha Lima está fazendo, permitir que as pessoas trabalhem, apesar das restrições que precisam ser tomadas. Respeitando o distanciamento, que é necessário se as pessoas precisarem cortar o cabelo é só ligar para o número 99950-9348”, informa.
O barbeiro entende o momento muito perigoso causado pela doença que não escolhe quem é rico ou quem é pobre. “Entendo a necessidade de fechar alguns estabelecimentos, mas estou cumprindo as normas e fazendo o meu trabalho para garantir pagar as minhas contas”, finaliza.
O vendedor de açaí que estava precisando cortar o cabelo aproveitou a oportunidade do salão ambulante do barbeiro Arnaldo para melhorar o visual. “Estava com o cabelo grande e foi uma benção ele aparecer. Não perdi a oportunidade”, disse o vendedor.