Cruzeiro do Sul, Acre, 4 de fevereiro de 2025 23:37

Jornalista e advogado acreano Chico Araújo, radicado em Brasília há muito tempo, lança livro “Quando Convivi Com Ratos”

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Francisco Araújo, popular Chico Araújo, advogado e jornalista acreano radicado em Brasília há muito tempo, graduado em Direito pelo Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP) e em Teologia pelo Curso Superior de Teologia (CST) da Arquidiocese de Brasília, atua no jornalismo há mais de 30 anos e acaba de publicar um livro: “Quando vivi entre os ratos”.

Segundo Chico Araújo, que foi assessor de diversos políticos locais e de projeção nacional, inclusive ministros, o livro retrata as experiências vividas por ele em Brasília, o título do livro pode parecer uma alusão a seus antigos chefes, no entanto, faz questão de esclarecer que a obra “não aborda a ninguém em especial, a não ser ele próprio”.

Quando Convivi com os Ratos é mais do que um livro; é um testemunho pungente da vida de Francisco Araújo, ou simplesmente Chico Araújo, cuja trajetória começa nas profundezas da Amazônia e se estende até os corredores do poder em Brasília.

Suas origens estão entrelaçadas com as paisagens exuberantes e o rigor da vida na floresta acreana, mas foi sua determinação inabalável que o fez transitar com maestria dos rincões do Acre ao coração do país, sempre movido pelo desejo de revelar verdades, buscar justiça e fazer a diferença na vida das pessoas.

Chico nasceu em uma época em que o Acre fervilhava com mudanças sociais e políticas. Desde cedo, ele percebeu o que era viver no fio da navalha, observando as adversidades enfrentadas pelos trabalhadores e as dificuldades que pairavam sobre o povo da região. Esse contexto forjou nele um espírito observador e destemido, características que mais tarde o tornariam um jornalista combativo, defensor incansável da liberdade de expressão e dos direitos fundamentais.

Começou sua carreira no jornalismo no Acre, em um tempo em que o estado vivia uma efervescência política e enfrentava as forças do desmatamento e da opressão governamental. Trabalhando na redação de A Gazeta, um dos jornais mais influentes do estado, Chico mostrou sua coragem e desenvoltura ao trazer à tona as histórias de comunidades esquecidas e as denúncias de corrupção e injustiças. Tornou-se um combatente incansável pela verdade, não se intimidando diante de figuras de poder. Durante o governo de Orleir Cameli, suas reportagens o colocou em rota de questões com poderosos da região, mas ele não se deixou abater.

Chico Araújo nasceu em um seringal da então Vila Jordão, hoje município. Ainda pequeno seus pais se mudaram para a sede da vila, onde começou seu aprendizado de vida. Foi por meio de Maria do Céu Freire Vianna Melo, sua professora de português, que passou a se interessar pelos livros. Quando aprendeu a ler, ela sempre partilhava com ele livros de seus filhos. e ele ficava encantado com as narrativas. Esse, talvez, tenha sido o pilar para ingressar no jornalismo.

Em Tarauacá, enquanto estudava no Instituto São José, Chico Araújo mergulhou no mundo da leitura. Conheceu a professora Jaciva Dourado (mãe do juiz Giordane Dourado) e criou, no colégio, um jornal impresso em mimeógrafo (quem não se lembra daquele instrumento que lambuzava nossas mãos?). A vasta biblioteca foi um porto seguro. “Lá tive contato com clássicos da literatura brasileira e universal. A leitura de Os Sertões, de Euclides da Cunha, despertou em mim o desejo de ser contador de histórias, um jornalista”, disse o jornalista numa entrevista ao Jornal Gazeta, de Rio Branco.

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