Cruzeiro do Sul, Acre, 11 de dezembro de 2024 21:48

Lei do Combustível do Futuro abre caminhos para investimentos de mais de R$ 260 bilhões

08.10.2024 - Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante Visita à feira Liderança Verde Brasil Expo e Cerimônia de Sanção do Projeto de Lei nº 528-2020 (Combustível do Futuro), na Base Aérea de Brasília. Brasília - DF. ((Foto: Ricardo Stuckert / PR

Sancionada pelo presidente Lula nesta terça-feira (8), legislação prevê recursos para biocombustíveis e agronegócio visando consolidar a posição do Brasil como líder global na transição energética

Um dos hangares da Base Aérea de Brasília se transformou, nesta terça-feira (8), em palco da nova etapa do Brasil na conquista da liderança mundial da transição para energias limpas. Em cerimônia prestigiada por representantes dos Três Poderes, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou a Lei Combustível do Futuro, que incentiva a produção e uso de combustíveis sustentáveis. A iniciativa, que promete transformar a matriz energética brasileira, cria programas nacionais de diesel verde, de combustível sustentável para aviação e de biometano, além de permitir o aumento da mistura de etanol e de biodiesel à gasolina e ao diesel, respectivamente.  O evento aconteceu durante a feira “Liderança Verde Brasil Expo”, que apresenta inovações e novidades do setor.

“A sanção dessa lei é uma demonstração de que nenhum de nós tem o direito de duvidar que o país pode ser uma grande economia. Temos tudo para crescer”, afirmou Lula. O presidente lembrou os primeiros desafios do etanol e terminou com um recado: “Agora é hora de a gente colher, e colher bem. Porque quero, outra vez, deixar a Presidência da República com esse país crescendo, respeitado no mundo inteiro, invejado no mundo inteiro pela nossa capacidade de fazer essa revolução energética que estamos fazendo”.

O presidente da ApexBrasil, Jorge Viana, participou da cerimônia e comemorou a nova lei, que vai gerar mais de R$ 260 bilhões de investimentos no agronegócio e na cadeia dos biocombustíveis. “Esta lei tem uma importância muito grande como exemplo do potencial que o nosso país tem. Além de injetar recursos, gerar emprego, renda e desenvolvimento, essa iniciativa amplia o desafio da Apex de continuar trazendo investimentos estrangeiros para esta cadeia produtiva e mostrar todo este nosso potencial lá fora”, destacou.

Segundo o texto sancionado, a margem de mistura de etanol à gasolina passará a ser de 22% a 27%, podendo chegar a 35%. Atualmente, a mistura pode chegar a 27,5%, sendo, no mínimo, 18% de etanol. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, está otimista com os novos investimentos que serão feitos na produção de etanol a partir da nova lei. Em sua fala, o ministro destacou os investimentos na produção de etanol a partir da nova lei, que vai possibilitar expandir a produção nacional que hoje é de 35 bilhões de litros, para 50 bilhões de litros por ano. “São mais de R$ 40 bilhões em novos investimentos e R$ 25 bilhões para formação de canaviais, de mais milharais e transportes. É a segunda geração do etanol”, anunciou.

ApexBrasil mostrando o potencial do Brasil

A ApexBrasil vem promovendo o potencial do setor de energias renováveis brasileiro mundo afora. Entre as inúmeras iniciativas da Agência para atrair investimentos estrangeiros na área e contribuir para acelerar a transição da matriz energética, destaque para a missão com o Consórcio Nordeste, que ocorreu neste ano, para a World Hyrdrogen Summit & Exhibition, em Roterdã, na Holanda. Considerada a maior feira de hidrogênio verde do mundo, ela reúne mais de 15 mil profissionais e 500 expositores de todo o mundo.  O hidrogênio verde é uma tecnologia que pode revolucionar o mercado de energia global e induzir o desenvolvimento do Brasil e, principalmente, do Nordeste.  Neste ano, a Agência também promoveu reuniões com representantes dos Governos da Bélgica, da Alemanha e da União Europeia com a mesma finalidade de mostrar o potencial do Brasil no setor e atrair investimentos.

O Consórcio Nordeste, criado em março de 2019 pelos nove estados nordestinos, é uma ferramenta para atrair investimentos e alavancar projetos de forma integrada para a região. É um instrumento jurídico de integração desses estados, que atuam de forma conjunta e estratégica. A região representa cerca de 14% do PIB e, com o apoio e a parceria da ApexBrasil, tem mostrado seu potencial de desenvolvimento sustentável no mundo.