Chuvas em Cruzeiro do Sul elevam casos de doenças; saiba como se proteger
Com a chegada do período chuvoso em Cruzeiro do Sul, cresce a preocupação com o aumento de doenças comuns nessa estação, como infecções respiratórias, doenças transmitidas por água contaminada e arboviroses. Especialistas destacam que os casos podem ser evitados com cuidados básicos.
A médica infectologista Rita de Cassia, professora da Afya Faculdade de Ciências Médicas de Cruzeiro do Sul, explica que as chuvas e enchentes criam um ambiente propício para a disseminação de diversas enfermidades. “As águas contaminadas são um dos maiores riscos, pois podem transmitir doenças como hepatite A, leptospirose e diarreias graves causadas por vírus e bactérias”, afirma.
Além disso, o mosquito Aedes aegypti, vetor de doenças como dengue, Zika e Chikungunya, encontra nas chuvas condições ideais para sua reprodução. “Os ovos do mosquito podem permanecer viáveis por até um ano em recipientes secos, e com as chuvas, eles eclodem, aumentando o risco de surtos”, alerta Rita.
Doenças respiratórias e infecciosas: um perigo silencioso
A umidade e as variações de temperatura típicas dessa época favorecem o aumento de gripes e resfriados, que afetam principalmente crianças, idosos e pessoas com doenças crônicas. Segundo Rita, “essas condições também agravam doenças respiratórias preexistentes, como asma e bronquite, além de aumentar infecções por vírus respiratórios”.
Outra preocupação são as doenças infecciosas transmitidas pela água contaminada. A leptospirose, causada por bactérias presentes na urina de roedores, é um dos maiores riscos em áreas alagadas. “Evitar o contato com enchentes e usar botas de borracha em áreas de risco são medidas essenciais para prevenir a doença”, orienta a médica.
Sintomas e quando buscar ajuda
Os sintomas das doenças mais comuns no período chuvoso podem ser semelhantes, como febre, dor no corpo, cansaço e diarreia. No entanto, cada doença apresenta características específicas. “Dengue, por exemplo, pode causar manchas na pele e dores nas articulações, enquanto a leptospirose pode incluir febre alta e icterícia. Já a malária se destaca por febre recorrente e calafrios intensos”, explica a médica.
Ela alerta que, ao apresentar febre ou outros sintomas persistentes, é essencial procurar atendimento médico. “A automedicação pode agravar doenças como dengue e leptospirose. Um diagnóstico precoce faz toda a diferença no tratamento”, reforça.
A prevenção passa por atitudes simples, mas eficazes, que podem ser implementadas por toda a comunidade. A infectologista lista algumas delas:
- Utilizar água potável, fervida ou clorada para consumo;
- Manter alimentos higienizados com hipoclorito de sódio;
- Eliminar água parada para evitar criadouros do Aedes aegypti;
- Usar repelentes e roupas que cubram braços e pernas, especialmente em áreas próximas a matas e rios;
- Evitar contato com águas de enchente ou lama.
A especialista também enfatiza o cuidado com o descarte de resíduos para prevenir a presença de roedores. “O acúmulo de lixo é um dos fatores que mais contribuem para a proliferação de ratos, aumentando o risco de leptospirose”, explica.
Embora o período chuvoso traga desafios para a saúde pública, com medidas simples e a conscientização da comunidade, é possível atravessar a estação com segurança. Como ressalta a médica: “A prevenção é sempre o melhor remédio. Com atitudes diárias, conseguimos proteger nossa saúde”, conclui.
Sobre a Afya
A Afya, líder em educação e soluções para a prática médica no Brasil, reúne 38 Instituições de Ensino Superior em todas as regiões do país, 32 delas com cursos de medicina e 20 unidades promovendo pós-graduação e educação continuada em áreas médicas e de saúde. São 3.593 vagas de medicina autorizadas pelo Ministério da Educação (MEC), com mais de 20 mil alunos formados nos últimos 25 anos. Pioneira em práticas digitais para aprendizagem contínua e suporte ao exercício da medicina, 1 a cada 3 médicos e estudantes de medicina no país utiliza ao menos uma solução digital do portfólio, como Afya Whitebook, Afya iClinic e Afya Papers. Primeira empresa de educação médica a abrir capital na Nasdaq em 2019, a Afya recebeu prêmios do jornal Valor Econômico, incluindo “Valor Inovação” (2023) como a mais inovadora do Brasil, e “Valor 1000” (2021, 2023 e 2024) como a melhor empresa de educação. Virgílio Gibbon, CEO da Afya, foi reconhecido como o melhor CEO na área de Educação pelo prêmio “Executivo de Valor” (2023). Em 2024, a empresa passou a integrar o programa “Liderança com ImPacto”, do pacto Global da ONU no Brasil, como porta-voz da ODS 3 – Saúde e Bem-Estar. Mais informações em http://www.afya.com.br e ir.afya.com.br.