José Valber Farias de Souza, 51, faleceu nesta segunda-feira, (27), em sua residência, no Bairro do Alumínio, devido a complicações em seu estado de saúde. Ele era filho do saudoso Waldemir Farias de Souza, o “Val” (marceneiro) e da senhora Raimunda Farias de Souza (aposentada). Deixa uma filha e dois netos.
José Valber nasceu em Cruzeiro do Sul, no ano de 1972. Ainda durante a infância, foi acometido de poliomielite (paralisia infantil), o que não o impediu de prosseguir nos estudos, tendo angariado, ao longo de sua trajetória infanto-juvenil, grandes amigos, notadamente nas tradicionais Escolas São José e Professor Flodoardo Cabral, além de ser muito querido no Bairro do Alumínio.
Nesse bairro, participou ativamente da vida comunitária, interagindo com todos, fosse nas rodas de conversas, no bar do saudoso Nilson Negreiros, fosse acompanhando o time de futebol nas partidas do campeonato amador local, no estádio do Cruzeirão, no auge daquela agremiação, no início da década de 1990. Sempre, junto aos amigos, com as suas auxiliares —as muletas— Valber fazia questão de participar de todos os eventos e gostava de exaltar o seu time de coração —o Flamengo.
Ele dizia que começou a torcer para o rubro-negro carioca por causa do Zico, por quem tinha grande carinho e admiração. Era como um herói da infância ver o “galinho” jogar e fazer muitos gols pelo Mengão e pela seleção brasileira, na década de 1980.
Um rapaz destacadamente inteligente; era um polivalente. Sobretudo, gostava de assuntos que envolviam tecnologia, cinema e coleção. Aliás, tinha uma das maiores coleções de “super-heróis” da Marvel, com raridades muito apreciadas pelos aficcionados do tema mundo afora.
No serviço público, foi um servidor eficiente, honesto e dedicado. Entrou para o Tribunal de Justiça do Estado do Acre, no cargo de técnico judiciário, por meio de concurso público, no ano de 1993. Trabalhou muitos anos no Registro Civil da Comarca de Cruzeiro do Sul, em parceria com a querida oficiala Lindaura Pinheiro. Contribuiu em várias edições do Projeto Cidadão e, em seus últimos anos de serviço na Justiça, foi lotado no Centro Cultural do Juruá (antigo Fórum), onde, em parceria com o servidor Narcelio Flávio Generoso, realizou um grande trabalho museológico pelo prédio histórico, considerado o mais antigo do Acre.
José Valber deixará saudades. Seu jeito simples de ser, sua inteligência destacada, e o fato de ter vencido as adversidades impostas pela deficiência física, engrandeceram a sua passagem neste plano terreno. Que descanse em paz!
