Autoridades ainda não confirmaram a informação. Os dois desapareceram dentro da Terra Indígena Vale do Javari, no Amazonas, há mais de uma semana.
A mulher de Dom Philips, Alessandra Sampaio, disse que o indigenista Bruno Araújo Pereira e o jornalista inglês Dom Phillips, que estavam desaparecidos há mais de uma semana no Amazonas, foram encontrados mortos.
A informação ainda não foi confirmada pelas autoridades brasileiras. O g1 tenta contato com a Polícia Federal no Amazonas.
Bruno e Dom tinham sido vistos pela última vez no dia 5 ao chegarem à comunidade São Rafael. De lá, eles partiram rumo a Atalaia do Norte, viagem que dura aproximadamente duas horas, mas não chegaram ao destino (veja no infográfico abaixo).
Mapa mostra onde jornalista e indigenista desapareceram na Amazônia — Foto: Arte/g1
Quem são Bruno Pereira e Dom Phillips
Além de indigenista, pessoa que reconhecidamente apoia a causa indígena, Bruno Pereira era servidor federal licenciado da Funai. Ele também dava suporte a Univaja em projetos e ações pontuais.
Em nota divulgada após o desaparecimento, a Funai enfatizou que “ele não estava na região em missão institucional”, porque estava “de licença para tratar de interesses particulares”.
Segundo a nota da Univaja, Bruno era “experiente e profundo conhecedor da região, pois foi Coordenador Regional da Funai de Atalaia do Norte por anos”.
Phillips e Bruno faziam expedições juntos na região desde 2018, de acordo com o The Guardian.
Phillips morava em Salvador e fazia reportagens sobre o Brasil há mais de 15 anos para veículos como Washington Post, New York Times e Financial Times, além do Guardian. Ele também estava trabalhando em um livro sobre meio ambiente com apoio da Fundação Alicia Patterson.
Em uma rede social, Jonathan Watts, editor do Guardian, disse, após o sumiço, que o jornal estava preocupado e procurando informações sobre o colaborador.
“O Guardian está muito preocupado e procurando urgentemente informações sobre o paradeiro de Phillips. Estamos em contato com a embaixada britânica no Brasil e autoridades locais e nacionais para tentar apurar os fatos o mais rápido possível”, escreveu Watts.