Cruzeiro do Sul, Acre, 26 de abril de 2025 05:22

Na véspera do Dia do Índio indígena kulina, da Aldeia Terra da Lontra, ficou algemado mais de 24 horas em leito hospitalar

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É revoltante e inaceitável o que está acontecendo no município de Envira, no Amazonas. O indígena Sidney, da etnia Kulina, da Aldeia Terra da Lontra, está algemado ficou mais de 24 horas em um leito de hospital, impedido até mesmo de realizar suas necessidades fisiológicas — uma verdadeira violação de direitos humanos e constitucionais.

A justificativa? Ele foi acusado de agredir um não indígena. A acusação ainda sequer foi investigada de forma adequada, mas a Polícia Civil decidiu agir com brutalidade e desumanidade. Algemas em um paciente hospitalizado, sem considerar o contexto, a cultura, a dignidade humana.

Onde está a FUNAI? Aquela que deveria garantir os direitos dos povos indígenas, silencia. Onde está o Ministério Público, defensor constitucional dos direitos fundamentais? E o movimento indígena — que tanto luta, com razão, por justiça — por que ainda não se posicionou sobre essa barbárie?

É inaceitável que, em pleno século XXI, um indígena continue sendo tratado como criminoso antes mesmo de qualquer julgamento, ainda mais em um ambiente hospitalar, onde a prioridade deveria ser o cuidado com a vida e a saúde.

Esse episódio escancara o racismo institucional, a criminalização do ser indígena e o desprezo pela diversidade étnica e cultural do nosso país. O silêncio dos órgãos competentes é cúmplice. Sidney tem nome, tem povo, tem história. E tem direitos.

EXIGIMOS PROVIDÊNCIAS IMEDIATAS

A FUNAI deve agir. O Ministério Público deve investigar. O movimento indígena deve se manifestar. Não podemos aceitar mais uma violência ser normalizada. Basta de opressão. Basta de omissão.

Segundo informações o indígena foi furado por um não indígena e ainda foi preso. O não indígena envolvido na situação não foi algemado e foi solto. A situação foi revoltante e a informação foi comunicada ao gerente de enfermagem do hospital, mas nada foi resolvido e o indígena não podia fazer suas necessidades fisioológicas que foram feitas na comadre no leito.

A situação revoltante foi registrada no livro de ocorrências do hospital. Não conseguimos contato com a Delegacia Interativa de Envira, mas o espaço está aberto para qualquer informação.

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