BRAZIL 247 – O novo comandante do Exército, general Paulo Sergio Nogueira, anunciado no final da tarde desta quarta-feira (31) para o cargo pelo novo ministro da Defesa, Walter Braga Netto, é, segundo militares, “muito querido pela tropa” e “pouco político”, relata Carla Araújo, do UOL.
Para coronéis e generais ouvidos pela jornalista, a troca realizada por Braga Netto é positiva, mas não se pode negar a falta de certo traquejo político do novo chefe do Exército. “Ele é muito querido pela tropa, é um homem da tropa, mas neste cargo é preciso ser político também”.O comandante é “muito correto”, “seguidor da lei” e “dado ao diálogo e benquisto”. Companheiros do general lembram que ele teve uma experiência bem-sucedida quando dirigiu o Hospital das Forças Armadas (HFA).
Segundo apuração do jornalista Gerson Camarotti, o nome do general Oliveira foi recebido com uma discreta comemoração entre generais da ativa e da reserva e sinaliza a continuidade da gestão do general Edson Pujol, que deixou o comando nesta terça-feira (30).“Ele terá a mesma postura de preservar o Exército e frear qualquer tentativa de politização dos quartéis. Já era um nome próximo do comandante Pujol”, disse um general da reserva ao colunista.
Entrevista: combate à Covid
Sobre a entrevista do general defendendo cuidados para prevenção à Covid-19, na contramão da narrativa de Bolsonaro, militares afirmaram que o Chefe do Executivo, “se realmente não tivesse gostado [da entrevista], não teria sido escolhido”.O Exército enviou a Braga Netto uma lista com cinco nomes para chefiar a força, seguindo o critério de antiguidade: Décio Luís Schons, José Carlos de Nardi, José Luiz Freitas, Marcos Antônio Amaro e Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira.Décio Luís Schons, José Carlos de Nardi, no entanto, estão de passagem para a reserva.