Após ser acionado pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB), o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), afirmou ao UOL que irá “acompanhar as manifestações e manter a segurança”.
Caravanas com bolsonaristas chegaram hoje (7) ao acampamento golpista montado na frente do Quartel do Exército, em Brasília. Nas redes sociais, manifestantes publicaram a chegada ao acampamento.
A previsão é de que ao menos 11 ônibus cheguem à capital federal durante este fim de semana. O movimento acontece após o esvaziamento do acampamento em Brasília após a posse do presidente Lula (PT).
Pedido feito pela Polícia Federal.
Hoje, Dino autorizou o uso da Força Nacional na segurança contra ameaças à democracia, segundo ele. O objetivo é evitar protestos violentos na Esplanada dos Ministérios. O reforço na segurança local vai até segunda-feira (9).
O que diz a portaria
Autoriza o emprego da Força Nacional para auxiliar na proteção da ordem pública e do patrimônio público e privado;
As regiões protegidas serão entre a rodoviária de Brasília e a Praça dos Três Poderes;
A portaria entra em vigor a partir de hoje e vai até a próxima segunda-feira.
Além de todas as forças federais disponíveis em Brasília, e da atuação constitucional do governo do Distrito Federal, teremos nos próximos dias o auxílio da Força Nacional. Assinei agora portaria autorizando a atuação, em face de ameaças veiculadas contra a democracia.
Flávio Dino, no Twitter
Bolsonaristas marcaram um novo ato em Brasília para segunda-feira (9). Em várias cidades brasileiras, há relatos de pessoas alvo de violência e agressão por parte desses manifestantes.
Ontem, quando cerca de cem apoiadores de Bolsonaro permaneciam na frente do QG do Exército, militares desmontaram barracas que ficavam nas áreas adjacentes.
Mais cedo, o ministro Flávio Dino já havia afirmado que a PF (Polícia Federal) e a PRF (Polícia Rodoviária Federal) tomariam “novas providências” sobre atos golpistas no país.
O ministro disse ainda que conversou com o governador e com o ministro da Defesa, José Múcio, sobre o ato marcado para segunda e deu as “orientações cabíveis” para os agentes de segurança.
Dino recomendou ainda que as pessoas agredidas em “atos políticos” registrem boletins de ocorrência em delegacias da Polícia Civil, de preferência com imagens.