Esses dois homens são capazes de fazer essa cidade crescer sem perder sua história, sua identidade e suas raízes
*Por Francisco Costa
Sou de uma família de produtores rurais, extrativistas. Minha infância foi na Vila Santa Rosa do Juruá, na divisa entre as cidades de Cruzeiro do Sul, Rodrigues Alves e Mâncio Lima.
Meus pais sempre batalharam para educar os quatro filhos. A agricultura familiar foi o sustento de nosso lar durante muito tempo. Foi por meio de tudo que a floresta, o solo, e os rios de água doce oferecem que obtivemos alimento, renda e condições de mudar para Cruzeiro do Sul.
Mesmo na cidade grande, meu pai, nunca abandonou a vida do campo, após assumir função pública. Minha mãe, sempre achou que os filhos e ela precisavam conhecer a vida fora da roça, para assim, serem educados e terem uma vida melhor. E todos cresceram, construíram família e cada um fez sua trajetória.
A história da minha vida é a mesma de muitos acreanos e cruzeirenses, que sempre sonharam com um lugar melhor para viver com a família. Onde os filhos possam estudar, ter trabalho, renda, educação e saúde de qualidade. Onde possam viver e crescer sem violência e de maneira justa e igualitária.
Esse trecho serve para lembrar também que a vida na floresta mudou muito com ausência de políticas públicas e desenvolvimento desordenado. O êxodo rural cresceu, aumentando os bolsões de miséria que existem hoje em Cruzeiro do Sul.
Não é difícil entender como a segunda maior cidade do Acre, rica em biodiversidade, minerais, recursos naturais e alvo da cobiça por organismos nacionais e internacionais é referência em desemprego, insegurança e pobreza.
Durante muitos anos, Cruzeiro do Sul, foi governado por grupos oligárquicos, por clãs familiares, monarcas que dilapidaram os cofres públicos. Não lembro de nenhum prefeito desde os anos 80 que não tenha se envolvido em escândalos públicos.
Mas uma nova fase vem sendo construída em Cruzeiro do Sul. Pela primeira vez na história, meninos pobres e de famílias humildes, que os pais apostaram na educação estão dispostos a traçar caminhos diferentes para melhorar a vida de todos.
Zequinha é um revolucionário da educação. Quem não lembra dele nas lutas pela educação quando governos roubavam direitos dos trabalhadores e saqueavam os cofres do maior banco público do Acre, o Banacre. Vivemos uma era semelhante no cenário nacional.
Henrique é dono de uma oratória impecável, sedutora, e um militante social que muito orgulha o povo do Acre, pela sua história limpa no Congresso Nacional.
São homens, – até então -, limpos, idôneos, capazes de sentar na mesa de qualquer família, entrar em qualquer lar, colocar uma sandália nos dedos, pisar no chão de terra e tomar café em uma latinha de alumínio numa palhoça no meio do mato.
A história de Zequinha e de Henrique é semelhante de muitos acreanos que lutaram muito, como meus pais, para garantir a sobrevivência. Eles são a herança mais pura dos movimentos sociais, legítimos representantes das minorias, dos trabalhadores e de toda sociedade.
Digo isso, não apenas de uma maneira romântica, mas para plantar esperança aos cruzeirenses, que nunca desistiram da luta e por acreditar que esses dois homens são capazes de fazer essa cidade crescer sem perder sua história, sua identidade e suas raízes.
Acredito em um governo municipal progressista com Zequinha Lima e Henrique Afonso, defendendo a luta do homem do campo e da cidade, levando dias melhores para índios, seringueiros, agricultores, trabalhadores rurais, autônomos, trabalhadores, jovens, crianças e idosos, comerciantes, homens, mulheres, funcionários públicos. Vejo neles capacidade para administrar essa cidade ouvindo cada um dos moradores.
A história de respeito aos direitos humanos, justiça social, desenvolvimento econômico, social, sustentável passa pela eleição desses dois jovens. Podem colocar todas as suas esperanças neles, esperem quatro anos para avaliar o trabalho deles, e se não der certo, o voto é o melhor caminho para virar a página e contar uma nova história.
O que não se pode fazer é entregar a chave dos cofres públicos e da cidade para grupos familiares políticos tradicionais, que na verdade são verdadeiras quadrilhas organizadas que há anos enriquecem às custas do dinheiro do cidadão.
Zequinha e Henrique Afonso possuem habilidades suficientes para garimpar em Brasília (DF), os recursos públicos necessários para melhorar a educação, a saúde há anos dilapidada, erradicar a pobreza, a fome e desemprego apostando em novas ideias para atrair negócios e oportunidades gerando um desenvolvimento mais que sustentável, sem ninguém ter que fugir da roça para educar os filhos na cidade.
E lembre-se que isso é muito importante: não se deixem contaminar por mentiras, notícias falsas. Na dúvida verifique no rádio, na TV, em sites de jornalismo sério ou que é mentira e verdade.
Por isso, convoco cada trabalhador, cada família, cada morador de Cruzeiro do Sul, para que possam dá oportunidade de se construir dias melhores.
De uma coisa podem ter certeza, fé não vai faltar, e muito menos união!
* Francisco Costa, nasceu em Mâncio Lima, viveu em Santa Rosa do Juruá e cresceu em Cruzeiro do Sul. É jornalista do FalaTV.org – uma organização sem fins lucrativos que produz jornalismo social. Foi repórter da TV Acre, Rede TV, TV Aldeia, TV Integração, Folha de São Paulo, UOL, Terra. Produz vídeo jornalismo para agências internacionais de notícias (AFP, EFE, AP, Reuters, BBC).