Cruzeiro do Sul, Acre, 12 de janeiro de 2025 21:04

Os identificados serão responsabilizados, diz secretário de segurança do Distrito Federal

Reprodução - 12.12.2022
Secretário de segurança do DF fala a jornalistas ao lado do delegado da PF Andrei Passos e do futuro ministro Flávio Dino

Júlio Danilo, ainda, afirmou que a manutenção do acampamento de manifestantes em frente à sede do Exército, em Brasília, será “reavaliada”

Após os atos de violência e depredação em Brasília , o secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Júlio Danilo, afirmou durante uma coletiva de imprensa na noite desta segunda-feira (12) que quem for identificado será responsabilizado. Ele estava ao lado do delegado da Polícia Federal Andrei Passos e do futuro ministro da Justiça e Segurança Pública Flávio Dino .

Reprodução/Twitter
Bolsonaristas atearam fogo em veículos no DF
Segundo o Corpo de Bombeiros do DF, oito carros e cinco ônibus foram queimados durante os atos. Desse total, quatro ônibus e sete carros foram totalmente queimados e o restante, parcialmente. Além disso, uma pessoa de 67 anos precisou de atendimento médico após inalar gás lacrimogêneo.

Com os carros queimados, a região central da cidade amanheceu cheia de fuligem. Além disso, as ruas também estão cheias de contêineres, caçambas e árvores derrubadas.

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Alguns prédios e hotéis tiveram suas fachadas vandalizadas. O prédio da PF, no entanto, permanece intacto.

O trânsito de veículos foi proibido na Esplanada dos Ministérios. Também há bloqueios na Praça dos Três Poderes e nas proximidades do Setor Hoteleiro Norte e da sede da Polícia Federal.

Até o momento, não há novas informações sobre o episódio. A Secretaria de Segurança Pública do DF (SSP-DF) também não informou se ocorreram prisões na noite desta segunda-feira.

Entenda o caso

A Polícia Militar do DF afirmou, em nota, que os atos começaram após Alexandre de Moraes, ministro do STF, determinar a prisão temporária de 10 dias de um indígena identificado como José Acácio Tserere Xavante por condutas ilícitas em atos antidemocráticos.

Cacique Tserere Xavante
Reprodução

Cacique Tserere Xavante

Segundo a PF, Xavante teria realizado manifestações de cunho antidemocrático em diversos locais de Brasília, notadamente em frente ao Congresso Nacional, no Aeroporto Internacional de Brasília (onde invadiram a área de embarque), no centro de compras Park Shopping, na Esplanada dos Ministérios (por ocasião da cerimônia de troca da bandeira nacional e em outros momentos).

Ao pedir a prisão temporária, a PGR disse que ele vem se utilizando da sua posição de cacique do Povo Xavante para arregimentar indígenas e não indígenas para cometer crimes, mediante a ameaça de agressão e perseguição de Lula e dos ministros do STF Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso.

Em um vídeo enviado a jornalistas, Xavante pede aos manifestantes que não se envolvam em “briga ou confronto” .

“Meus amigos, irmãos, povo brasileiro, cacique e líderes. Estou bem, graças a Deus, e estou em paz. Quero pedir: como eu tenho amado os senhores, se os senhores me amam também, me consideram, eu quero pedir para que os senhores não venham fazer conflito, briga ou confronto com a autoridade policial e venham viver em paz. E não pode continuar o que aconteceu, infelizmente, essa destruição dos carros, ataque à sede da PF”, diz.

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