A reclamação dos manifestantes patriotas que, de livre e espontânea vontade, estão acampados nas proximidades do quartel do Comando de Fronteira Juruá/61º Batalhão de Infantaria de Selva (C.Fron Juruá/61º BIS), é a falta da transparência pela negação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em fornecer ao Ministério da Defesa o código fonte das urnas eletrônicas o que compromete, segundo eles, a lisura da eleição.
Desde o término da votação os manifestantes acamparam nas proximidades da unidade do Exército Brasileiro, como foi feito em todo o Brasil numa manifestação política de iniciativa popular, sem um comando específico, mas por um ideal republicano que demonstra a insatisfação popular pelo resultado do pleito eleitoral que por uma margem mínima, cerca de pouco mais de 2 dois milhões de votos, deu a vitória ao candidato petista.
Nesta terça-feira (15), Dia da Proclamação da República, uma das datas mais importantes do calendário cívico do Brasil, que marca o fim da monarquia no país com a retomada do poder pelos militares, os manifestantes terão, como em todo o Brasil, um dia de atividades que começa com a tradicional oração, depois o canto do Hino Nacional perante a bandeira do Brasil e em seguida pedido de apoio das Forças Armadas.
“Brasília, Rio Branco, Manaus, Belo Horizonte, estados do Sul do país e também em Cruzeiro do Sul milhões de pessoas estarão nas ruas para apoiar as forças armadas que sempre estiveram do lado do povo em todos os momentos – alagação, deslizamento, incêndio, vacina, com ações cívico sociais. Por Deus, pela nossa pátria e nossa família estamos lutando e com fé em Deus vamos vencer”, diz um dos manifestantes.
A reclamação e a principal desconfiança dos manifestantes que não reconhecem o resultado do pleito eleitoral é de que o presidente Jair Bolsonaro por onde passou na campanha, inclusive no nordeste, levou milhões de pessoas as ruas do Brasil e nas urnas perdeu por uma diferença muito pequena. “Por que o TSE não quer liberar o código fonte das urnas e mostrar a realidade?”, questiona.
Outro manifestante avalia que houve fraude nas urnas eletrônicas situação que já inicia a causar prejuízos aos nordestinos, principalmente ao turismo na região, que já mostra queda. “Não vamos comprar mais de nenhum petista. Nossa manifestação não está sendo organizada por nenhuma associação, grupo ou pessoa em particular, mas pela iniciativa particular de cada um que entende que houve armação no resultado da eleição”, disse.
A identidade das pessoas manifestantes que concederam entrevista está sendo mantida em sigilo por conta das ações do comando do TSE que tem multado lideranças patronais e de classe em todo o Brasil acusando-as de serem comando das manifestações. “Inclusive um fazendeiro em Rio Branco já recebeu uma multa milionária e abusiva porque nossa manifestação é popular e em favor da continuidade do progresso”, afirma.
Todas as noites, desde o término da votação do segundo turno para presidente, os manifestantes se reúnem nas proximidades do quartel do Exército Brasileiro em Cruzeiro do Sul onde debatem sobre a legitimidade do pleito eleitoral e esperam por uma decisão que possam modificar o quadro político da eleição passada com a restauração da vontade popular que, segundo eles, no voto elegeu o presidente Jair Bolsonaro.