Operação ordenada por Moraes mira apoiadores de Bolsonaro que pedem golpe
A apreensão de 12 armas ocorreu hoje de manhã em dois endereços de Santa Catarina, onde a Polícia Federal cumpriu mandado de busca e apreensão. Uma pessoa foi presa em flagrante.
O ministro do STF Alexandre de Moraes também determinou a quebra de sigilo bancário, o bloqueio de contas de dezenas de empresários, a apreensão de passaportes e a suspensão de certificados de registro de CACs (Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador), segundo apurou o UOL. Os nomes dos envolvidos não foram divulgados.
O que aconteceu
A PF cumpriu 103 mandados de busca e apreensão contra envolvidos em manifestações antidemocráticas. Conforme apuração do UOL, também há quatro mandados de prisão. Houve a apreensão também de rifles com luneta, oito celulares e dois notebooks. Foram bloqueados 168 perfis de dezenas de suspeitos de organizar e financiar atos.
As buscas ocorrem no Distrito Federal e em oito estados: Espírito Santo (23 mandados), Mato Grosso (20), Mato Grosso do Sul (17), Paraná (16), Santa Catarina (15), Acre (9), Amazonas, Distrito Federal e Rondônia (um em cada).
Dois deputados bolsonaristas do ES são alvos da PF. Eles terão que usar tornozeleira, não podem deixar o estado e nem dar entrevistas ou usar redes sociais.
O deputado estadual Capitão Assumção (PL) postou no Twitter: “PF na minha casa e no meu gabinete a mando de Alexandre de Moraes”. Segundo o jornal capixaba A Gazeta, outro alvo da PF é o também deputado estadual Carlos Von (DC).
A PF informa que no Espírito Santo ocorreram quatro prisões preventivas.
A operação da PF mira bloqueios em rodovias e atos em quartéis. A força-tarefa inclui como alvos pessoas que participaram ou financiaram os bloqueios em rodovias e manifestações em quartéis, em apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PL).
Apoiadores de Bolsonaro não aceitam o resultado das eleições. Eles realizam atos antidemocráticos em estradas e quartéis, desde a vitória do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Vandalismo em Brasília. Na segunda-feira (12), um grupo de bolsonaristas queimou carros, ônibus após a tentativa frustrada de invadir a sede da PF.
A confusão ocorreu após prisão de um líder indígena que apoia Bolsonaro e no mesmo dia da diplomação de Lula.