Empresário foi transferido para o Complexo Penitenciário da Papuda, em São Sebastião
O empresário George Washington Souza, de 54 anos, suspeito de planejar atos terroristas em Brasília, disse em depoimento à polícia ter tido ajuda de um outro parceiro na tentativa de explodir um caminhão de combustível próximo ao aeroporto da capital federal. O caso ocorreu no último sábado (24).
De acordo com o portal UOL, conforme investigação da polícia, o segundo integrante trata-se de Alan Diego dos Santos, que teria deixado a cidade.
Aos oficiais, George teria dito que esteve em frente ao Quartel General do Exército, em Brasília, na sexta-feira (23) à noite para deixar o artefato explosivo com Alan.
Ainda em depoimento, o suspeito contou que acreditava que a bomba seria colocada “somente” em um poste de energia para interromper o abastecimento de eletricidade da capital. George foi transferido neste domingo (25) para o Complexo Penitenciário da Papuda, em São Sebastião, na capital federal
Após ser preso e autuado em flagrante acusado de crime de terrorismo, a Polícia Civil incorporou na ocorrência que o empresário havia indicado duas pessoas com números de telefone do Paraná para serem avisadas sobre sua prisão. São eles: um amigo e um fazendeiro.
A polícia, por sua vez, acredita que o explosivo tenha sido colocado na caminhão entre a noite de sexta-feira e às 5h de sábado. Na madrugada de sábado, após uma inspeção, um caminhoneiro notou o explosivo no local. O artefato precisou ser desarmado pelo grupo antibomba da Polícia Militar do DF.
“Ele [Sousa] confessou que realmente tinha a intenção de fazer um crime no aeroporto, que seria destruir algo para causar o caos. O objetivo dele era justamente chamar atenção para o movimento [em] que eles estão empenhados”, disse o delegado-geral, referindo-se os manifestantes que não aceitam o resultado das eleições, afirmou Robson Cândido, delegado-geral da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF).
Segundo Cândido, George admitiu que pretendia cometer um atentado na capital federal, poucos dias antes da posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, como forma de produzir uma situação caótica que forçasse o atual governo a decretar estado de sítio.