Cruzeiro do Sul, Acre, 24 de dezembro de 2024 11:06

Por melhores condições de trabalho e reposição Sinteac mobiliza classe, realiza grande carreata e mantém greve por tempo indeterminado

sinteaacarreataaaaaaaaaaaaaa 900

O Núcleo de Cruzeiro do Sul do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Acre (Sinteac) realizou, na manhã desta sexta-feira (14), uma grande carreata que teve a concentração na Ponte da União, percorreu as principais ruas do centro e se dirigiu ao Núcleo da Secretaria de Educação onde os professores realizaram uma manifestação exigindo reposição salarial e melhores condições de trabalho.

O presidente do Núcleo do Sinteac, professor Edvaldo Gomes, comemora o resultado da manifestação dos professores estaduais o que mostra a união da classe em favor de uma luta para atender as necessidades da categoria que negocia com o governo há três anos sem resultados.

Edvaldo Gomes destaca que as reivindicações da classe são legítimas e mais do que justas, pois há quase cinco anos está sem reajuste salarial. “Tudo aumentou, as negociações com o governo acontecem há três anos sem um resultado efetivo e a categoria decidiu entrar em greve até que o governo apresente uma proposta que atenda os anseios da categoria”, disse.

“Não estamos pedindo nada, apenas exigindo o que é de direito nosso porque somos uma categoria que tem recursos próprios do Fundeb e só queremos que seja cumprido minimante este percentual de pagamento dos professores e melhores condições nesses tempos difíceis, já perdemos muitos colegas o que lamentamos muito”, disse.

O presidente destaca que as principais reivindicações são a reposição da inflação que não acontece há cinco anos, que o governo do Estado melhore as condições para o trabalho que está sendo realizado remotamente e não houve nenhum investimento ou apoio no sentido de comprar computador, celular ou um pacote de internet.

O presidente do Conselho de Diretores das Escolas Públicas do Estado do Acre (Codep), Vanderlei Rocha, que veio de Rio Branco para participar e apoiar o movimento grevista dos professores cruzeirenses e avalia que não há mais tempo para omissão e os gestores das escolas públicas estão todos unidos nesse movimento de toda a classe trabalhadora da educação.

“Esse é um movimento de toda a classe da trabalhadora da educação que não aguenta mais a carga de trabalho imposta pelo governo e que está com mais de cinco anos sem reposição salarial”, disse.

O vice-presidente do Sindicado dos Bancários do Acre o vereador Elter Nóbrega participou da manifestação e representou a Câmara Municipal. “Não poderíamos nos furtarmos de apoiar esse movimento justo dos professores que estão sobrecarregados com as aulas on line e na pandemia tem trabalhado muito mais que o normal e precisam de melhorias”, avalia.

O professor Nilo Castro avalia que o movimento grevista não está pedindo nada que não seja justo, mas apenas a reposição das perdas salariais que chegam a 43% e os professores não estão querendo aumento salarial, mas apenas uma reposição porque estão tendo mais gastos com internet, conta de energia e até deslocamento para atender os alunos.

“Estamos vendo a luta dos professores para superar as dificuldades que a pandemia tem causado com a vida e o trabalho deles, já perdemos alguns amigos outros estão doentes por conta da Covid-19 e o que se espera é que haja um bom senso das partes e o governo do Estado que é quem pode atender as reivindicações. Queremos essa sensibilidade”, disse.

O diretor da Escola Flodoardo Cabral, professor Jair, também manifestou sua solidariedade ao movimento grevista. “Esse é um movimento justo da categoria que há muito tempo vem sofrendo com o ônus da pandemia e tendo que pagar custos de notebook, celular e internet do próprio bolso e o governo do Estado tem iniciado negociações, mas não avançam”, disse.