Diariamente Cruzeiro do Sul exporta milhares de sacas de farinha que abastecem os mercados da capital, de Porto Velho, Manaus e de outros lugares do Brasil. Todos os dias caminhões são carregados centenas de sacas de farinha na área conhecida como palha de arroz, no centro de Cruzeiro do Sul.
Na última sexta-feira (10), não foi diferente e cedo da manhã já havia um caminhão sendo carregado com sacas de farinha. Oito estivadores, que todos os dias garantem sua renda, faziam o carregamento do depósito para o veículo num trajeto de cerca de 50 metros. Cada saca de farinha pesa 50 quilos e são transportadas nos ombros dos profissionais da estiva.
Dos roçados dos produtores rurais a farinha chega a cidade onde é negociada e depois segue para os grandes centros consumidores, como explica o encarregado do carregamento, Samuel Rufino, que controla o embarque da farinha vendida pelo pai, o senhor Antônio Rufino, mais conhecido por Chefia.
“Meu pai compra a farinha de muitos produtores rurais que fica estocada para ser vendida. No período de verão a farinha sai em caminhões pela BR-364 e no período do rio cheio é embarcada nas balsas com destino a Manaus e Porto Velho. Tem dia que embarcamos até três mil sacas de farinha”, explica.
Samuel informa que seu pai já trabalha com a compra de farinha há mais de 10 anos. “Compramos farinha de muitos produtores e de acordo com o tipo ela é classificada, mas todas tem muita qualidade para consumo. A farinha movimenta muita gente, como por exemplo, os estivadores que garantem sua renda diariamente”, disse.
Depois de enlonado o caminhão segue viagem pela BR-364. “Essa carga vai para Porto Velho e depois segue de balsa para Manaus”, informa Rodrigo, que é gerente da empresa C.S.B.Distribuidora de Cimento, do empresário Cassio, que é cruzeirense, mas mora em Manaus. “ A farinha é transportada nos caminhões da empresa, que inclusive tem balsa para o transporte no inverno”, informa.
Um dos estivadores que trabalha com o carregamento da farinha garante que apesar da saca ser pesada, 50 quilos, ele garante o sustento da sua família todos os dias com o embarque dos caminhões. “Chego cedo para trabalhar, mas tem trabalho para muitas pessoas na maioria dos dias”, afirma.
