A estudante, que mora no interior do Pará, foi lotada para fazer o Enem no Maranhão. Em 2023, cerca de 50 mil foram prejudicados com o erro
A estudante Aylla de Souza, de 17 anos, é moradora da cidade de Capitão Poço, no nordeste do Pará. No entanto, foi lotada para realizar a tão sonhada prova do Enem em uma escola de São Luís, capital maranhense, a cerca de 400 km de distância. Pelas regras, são admitidas distâncias de no máximo de 30 km entre o local de moradia do aluno e o local de realização da prova.
O caso de Aylla é um dos 50 mil registrados pelo Inep de erro de distribuição dos inscritos para fazer a aplicação do Enem. Segundo levantamento do órgão, dos cerca de 4 milhões de estudantes que farão Enem este ano, 1% teve problemas com o local das provas.
“Revoltante”
A estudante, que pretende cursar Letras Língua Inglesa, conta que estranhou ao ver o local da prova. Ela disse que só viu o erro ao consultar o site do Enem e perceber que se tratava de uma escola em outro estado.
A inscrição de Aylla foi feita com auxílio de sua mãe, Alaine Priscila de Sousa, que relata que a confusão pode ter sido causada pela naturalidade da filha, que nasceu no Maranhão.
Dois dias depois, a estudante viu reportagem que relatava que vários outros candidatos estavam na mesma situação. Neste momento, a mãe da candidata chegou a registrar uma reclamação formal no site do Inep, mas conta que não obteve nenhum retorno até agora, véspera da prova.
Alaine diz que o erro causou grande frustração e insegurança, já que o Inep levou dias para informar publicamente sobre os erros e mais ainda para anunciar que soluções seriam providenciadas.
“Eu não sei como foi que isso aconteceu. Foi revoltante, sabe? Eu fiquei desesperada” disse a mãe da estudante ao portal G1.
Para Aylla, a situação é mais um desafio a ser enfrentado na jornada de ter acesso ao ensino superior. “Os desafios são grandes porque o município em que moro fica a 280 km de distância da capital. Então, para alcançar esse objetivo da aprovação no vestibular, terei que enfrentar vários desafios, mas tenho fé que conseguirei”, diz.
Nova chance
Segundo o ministro da Educação, Camilo Santana, os estudantes prejudicados com local de prova distante terão a oportunidade de fazer a prova na reaplicação de 12 e 13 de dezembro. O governo afirma que a segurança do exame está garantida.
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