Seu Manoel Ferreira de Moura, parabéns prá você pela data querida, muitas felicidades, muitos anos de vida com saúde e paz e que esta data seja centenária
Manoel Ferreira de Moura é um ancião de 94 anos, comemorados nesta sexta-feira (08). Filho e neto de nordestinos ele nasceu em Cruzeiro do Sul, mas a maior parte da sua vida foi passado nos seringais Paraná dos Mouras e 13 de Maio, cortando seringa, plantando e cuidando da família até o tempo de se mudar para morar na cidade onde desenvolveu a atividade de pescador para sustentar os filhos e esposa.
Na parede da sua casa seu Manoel de Moura ostenta num quadro um Certificado de Reservista de 3ª Categoria documento que comprova que ele foi recrutado pelo Exército para lutar na guerra. Por volta dos 18 anos, depois alistado ele e os demais jovens seguiram numa canhoneira para Manaus, de lá para Belém para embarcarem para o front da guerra onde morreram 34 mil brasileiros, a maioria seringueiros.
Ao chegarem em Belém os reservistas tiveram a notícia que a guerra tinha acabado e que eles deveriam voltar para o estado de origem. Seu Manoel avalia que escaparam todos de morrer porque a maioria dos que foram não voltaram. Na manhã desta sexta-feira o ancião nos recebeu para uma conversa sobre sua vida de muito trabalho na seringa, como reservista, pai de família e trabalhador na agricultura.
“Amigo só não tenho dinheiro, mas muitas coisas de valor tenho para mostrar”, diz seu Manoel ao mostrar a foto do seu pai que estudava medicina no Rio de Janeiro e quando faltava um ano para concluir o curso veio de férias e não voltou mais porque casou com sua mãe o que deixou seu avô furioso. Mas, ele entendia muito de medicina e tratava os seringueiros com os remédios que levava da farmácia do senhor Mancito”, lembra.
Vamos conhecer, contada por ele mesmo, algumas passagens de sua vida
Ele era um fã do seu pai:
Como era a vida no seringal:
Recrutado para a guerra:
Irmão José da Cruz: um homem de Deus que lhe curou de uma doença
