Estudo de universidade espanhola mostra que substância alucinógena pode contribuir para tratamento de doenças psiquiátricas e neurodegenerativas
Um estudo conduzido por pesquisadores da Universidade Complutense de Madri, na Espanha, e publicado na revista científica Translational Psychiatry, da Nature Research, mostrou que o DMT promove não apenas a formação de novos neurônios, mas também a de outras células neurais, como astrócitos e oligodendrócitos, que têm importantes funções no funcionamento do sistema nervoso. Os astrócitos, por exemplo, são responsáveis pela sustentação e nutrição dos neurônios. Já os oligodendrócitos, por sua vez, são responsáveis pela produção da bainha de mielina, que funciona como uma capa isolante de proteção dos neurônios.
A pesquisa, realizada com camundongos, mostrou ainda que a estimulação neurogênica observada após o tratamento com DMT está relacionada a uma melhora no aprendizado espacial e tarefas de memória in vivo. “Nas doenças neurodegenerativas, é a morte de certos tipos de neurônios que causam os sintomas de patologias como Alzheimer e Parkinson. Embora os humanos tenham a capacidade de gerar novas células neuronais, isso depende de vários fatores e nem sempre é possível”, diz o estudo.