Cruzeiro do Sul, Acre, 10 de janeiro de 2025 17:25

Surdo-mudo, que cuida de motos na frente do Super Econômico, não usava máscara por que não tinha o EPI

Surdo-murdo não usava a máscara porque não tinha o EPI apesar de ter pedido à algumas pessoas. Presenteado com algumas máscaras colocou imediatamente

O uso de máscara, um Equipamento de Proteção Individual (EPI) de primeira necessidade para colaborar com o controle da contaminação pelo vírus da Covid-19 nesta pandemia, atualmente de nível gravíssimo, de acordo com especialistas e infectologistas, felizmente já está sendo adotado pela maioria das pessoas que circulam no centro da cidade.

Mas, muitas pessoas que circulam pelo centro da cidade ainda ignoram a orientação das autoridades de saúde que tem diariamente destacado a importância da necessidade do uso da máscara e das outras medidas de segurança como o distanciamento social e andam sem máscaras.

Na manhã desta terça-feira (23) num giro pelo centro da cidade constatamos várias pessoas circulando sem a máscara e tentamos um contato com 10 delas. Três delas não gostaram da abordagem e nada responderam. Seis delas agradeceram ao pedido e tiraram as máscaras que estavam nos bolsos e as colocaram no rosto.

Algumas pessoas ainda andam no centro da cidade sem máscara que na maioria deles está no bolso, Outras, caso do surdo-mudo, porque não tem o EPI

Num deles o contato foi inusitado, pois descobrimos que o rapaz era surdo-mudo. O encontramos sem a máscara trabalhando na frente do Super Econômico ganhando R$ 2,00 de cada pessoa de bom coração que quer ajudar. Ele coloca papelões para proteger as motos do sol quente.

Na batalha o surdo-mudo fatura um trocado das pessoas de bom coração

No contato com o surdo mudo conseguimos compreender que ele mora no bairro Miritizal, está precisando ganhar um dinheiro e seu amigo o chamou para trabalhar. Ele aproveitou porque tem necessidades de alimentação e de outras despesas e agora está bastante animado.

Nenhuma pessoa que estava no local soube informar o nome dele que não estava usando máscara porque não tinha o EPI. O que deu para entender no contato é que apesar de ter pedido ninguém tinha lhe dado uma máscara, mas ele sabia que as pessoas estavam usando a máscara devido a doença da Covid.

Presenteado com cinco máscaras, pela equipe do Vozdonorte, ele colocou imediatamente o equipamento e garantiu que todos os dias vai usar a proteção.

O caso mostra que o poder público, que com toda razão em orientar sobre o uso da máscara pela população, deve também contribuir com a doção dos equipamentos e procurar para saber a razão das pessoas de não estarem atendendo a orientação. Muitas delas não utilizam porque não tem a máscara. Só cobrar não faz muito sentido e lembramos que na gestão anterior foram distribuídas muitas máscaras, inclusive em parceria com a sociedade civil organizada.

Reiteramos a orientação das autoridades da necessidade do uso da máscara, mas constatamos também que o distanciamento nas filas da Agência da Caixa Econômica não cumpre com a norma estabelecida do distanciamento. Nenhum funcionário do poder público ou dos bancos foi encontrado orientando as pessoas.