Depois de receber várias reclamações da população sobre o aumento do preço da carne nos açougues o vereador Carlos Alves (MDB) constatou que a denúncia é realidade e ao se inteirar do assunto foi informado que a principal causa é a elevação dos preços pelos frigoríficos causada pela falta de animais para abate devido a venda de bezerros para fora do Estado.
Ao mostrar sua preocupação com o aumento do preço da carne, um produto de primeira necessidade na mesa da população, Carlos Alves demonstra sua indignação, cobra das autoridades estaduais um posicionamento para evitar que o rebanho seja vendido para fora do Estado e sugere que a venda seja taxada para coibir os lucros que são conquistados na forma da compra.
O vereador avalia que Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz) deve regulamentar e taxar a venda especulativa para impedir que os compradores que estão vindo de outros Estados buscar os animais comprometa no futuro a oferta da carne na região do Juruá causando ainda maiores aumentos no produto para a população local.
“É preciso que as autoridades possam sair em defesa da população que não pode ser penalizada por este investimento de pecuaristas de outras regiões que estão comprando os bezerros e até animais na barriga da vaca para levar para seus estados aproveitando que não há uma tributação do negócio que com certeza gera grandes lucros para os compradores”, afirma.
Segundo Carlos Alves ele acionará o Ministério Público do Estado (MPE) para que os promotores possam acompanhar o negócio prejudicial à população mais carente do Juruá que não poderá mais comprar a carne pelo preço com um aumento expressivo no momento que os trabalhadores perdem a renda e seus empregos devido a pandemia.
Na avaliação do parlamentar os fazendeiros, que de imediato, na linha da produção podem ser os mais beneficiados com o aumento do preço da carne para os açougueiros, podem também poderão ser os mais prejudicados com a diminuição da compra da carne pela população devido a elevação dos preços e pelo poder de compra que ficará afetado.
“Esse é um momento que todos precisam colaborar, mas com certeza o aumento de preços em geral é uma realidade e, como sempre, penaliza primeiro o trabalhador que nada pode fazer a não ser deixar de comprar ou, então, comprar apenas o básico para a manutenção de sua família que necessita dos produtos básicos da subsistência”, destaca.