Do UOL, em São Paulo*
Quatro pessoas morreram após um helicóptero cair na zona oeste de São Paulo.
O que aconteceu?
O acidente foi registrado por volta das 14h30 no bairro da Barra Funda. A aeronave atingiu uma árvore, de cerca de 15 metros, entre as ruas Padre Luís Alves Siqueira e James Holland, e se chocou com o chão de uma empresa desativada; O piloto e três passageiros morreram na queda.
As vítimas são o diretor administrativo Antônio Cano dos Santos Júnior, 42 o designer Caio Lúcio de Benedetto Moreira, 30 –ambos da empresa Mirage Group Brasil –, e o biólogo e doutorando Wellington Palhares, 28, segundo informou a Mirage. O piloto é João Intorne Neto, 32.
No acidente, o helicóptero atingiu um galpão de uma empresa. Segundo a Defesa Civil, não houve danos estruturais ao imóvel;
A polícia científica está no local, que passará por perícias antes de ser liberado. O acesso à área foi restrito, com bloqueios da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) entre as ruas dos Americanos e Luis Alves de Siqueira, bem como o bloqueio Av. Norma Pieruccini Giannotti com a rua Luis Alves de Siqueira.
O piloto solicitou autorização para pouso à torre de comando do Campo de Marte e não fez mais contato nem reportou problemas técnicos, afirmou o advogado da Helimarte, Sergio de Carvalho, em entrevista coletiva no local do acidente, a 2 km do local de pouso. Ele afirma que a aeronave estava regular, revisada e negou possibilidade de pane seca (quando há falta de combustíveis) — a informação será verificada na perícia técnica.
O caseiro do terreno baldio onde a aeronave caiu disse ao UOL que viu a aeronave rodopiando até colidir com um coqueiro. Dois corpos teriam ficado em uma das partes em que o helicóptero foi dividido, sobre uma laje. Os outros dois teriam caído no chão.
O Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) foi acionado na tarde de hoje para dar início à apuração do que provocou a queda do helicóptero por meio de seu órgão regional, o Seripa IV. “São utilizadas técnicas específicas, conduzidas por pessoal qualificado e credenciado que realiza a coleta e confirmação de dados, a preservação de indícios, a verificação inicial de danos causados à aeronave, ou pela aeronave”, informou em nota.
João Intorne, Caio de Benedetto, Antônio Cano e Wellington Palhares estavam no helicóptero que caiu em SP Imagem: Reprodução/Redes Sociais
Vídeo mostra o momento da queda do helicóptero
De quem era o helicóptero?
A aeronave, um Robinson Helicopter T44 II, pertence à JBN Locações e Gerenciamento de Aeronaves, segundo o registro aeronáutico da ANAC. Ela estava em situação regular e era operada pela Helimarte Táxi Aéreo de passageiros e pela Geoglifo Atividades Geoespaciais Ltda.
O helicóptero foi fabricado em 2007, tinha capacidade para apenas três passageiros e suportava até 1.134 kg.
A aeronave tem autorização para operar, mesmo para voos noturnos e estava habilitada para táxi aéreo. A situação de navegabilidade consta como normal no registro e a certificação de operação estava válida até dezembro de 2023.
O que disseram
“Não sabemos o que aconteceu, não temos a causa do acidente. Estamos dando todo apoio às famílias das vítimas e estamos colaborando com as autoridades competentes. A empresa possui várias aeronaves que estão voando no momento. […] Todas as aeronaves estão cadastradas, reguladas, revisadas, com acompanhamento diário, inclusive com órgãos estaduais, federais, todos eles. Pane seca, descarto. Até porque existe um controle rigorosos sobre as aeronaves. […] O piloto tinha muita experiência, todos são devidamente treinados.
Sergio de Carvalho, advogado da Helimarte