Na tarde deste sábado (13) aproveitando um modelo pandemia de se comunicar, pela internet, aproveitamos para uma conversa com o roqueiro Diko Lobo, nosso particular amigo Diquinho, um jovem trabalhador que se dedica ao estudo da música, uma de suas maiores paixões. Amando, Diko Lobo, na sua visão é um cara autêntico e de coragem, mostra um pouco de seu pensamento.
Vozdonorte – Como você vê esse momento da pandemia?
Diko Lobo – Acredito, cara, que essa pandemia está sendo um momento de transformação para a humanidade, para que a gente possa aprender com tudo o que está acontecendo e vem nos trazer no mínimo grandes reflexões. É um momento de pensar e refletir como estamos sendo como humanos e tratando todas as coisas
Avalio que será também um momento de conscientizar os governantes a se atrelarem ao conhecimento, a ciência e estabelecerem novas formas de convivência, né cara. A sociedade precisa despertar que neste momento não basta apenas a fé, é preciso ter cuidados que vem através de educação, cultura e precisamos fazer uma modificação radical nos pensamentos.
Vozdonorte – Como seria essa reflexão, no seu ponto de vista?
Diko Lobo – Cada indivíduo é responsável por muita coisa e não se faz ideia. Esta pandemia trouxe muito um pouco dessa reflexão. Precisamos refletir sobre nossas obrigações, nossa forma de comportamento em sociedade e também ao respeito pela natureza. Agredimos muito a natureza. Com a pandemia o planeta deu uma parada para a natureza dar também uma boa respirada.
Acredito que com a pandemia os governantes vão ser menos arrogantes e prepotentes. Enxergarem que o capitalismo e as riquezas não valem nada. Se não tiver humildade, atrelada ao conhecimento e a ciência não chegaremos a lugar nenhum. É preciso apostar mais em trabalhos científicos, pesquisas e despertar para sair da ideia de ter apenas uma escola e uma religião padrão. As escolas e as religiões deveriam transmitir algo mais humano e ao mesmo tempo cultural, de comportamento e de higiene.
Vozdonorte – Como tem ocupado seu tempo nesse tempo da pandemia?
Diko Lobo – Olha cara, tenho aproveitado o momento da pandemia para cuidar um pouco do meu mundo particular, comecei um projeto de cultivar um jardim na minha casa, tenho estudado música, que é a minha paixão e me voltado também para a leitura. Tracei uma meta de ler um livro por mês e tenho conseguido cumprir à risca.
O paraíso é um lugar? leitura na chuva, na rede…
Estou dedicado também a parte da jardinagem na minha casa porque isso me lembra da minha mãe que gostava muito de plantas e desta forma mantenho a presença dela perto de mim. A música, a leitura, procuro me exercitar, construí alguns pesos com material reciclado, peças de motos, barra de ferro, lata, concreto e cimento.
Vozdonorte – Alguma novidade na área artística?
Diko Lobo – Estou planejando sim gravar um próximo disco voltado para o gênero blues, já tenho as músicas prontas e estou esperando esse momento passar para entrar num estúdio e começar um trabalho. Como gravei o primeiro disco de rock do Juruá, agora pretendo gravar um de blues. Se não sair o de blues porque precisa de mais músicos vem sair um acústico com músicas autorais, violão, voz e gaita
Vozdonorte – Falando dos cuidados da pandemia, você usa a máscara? Como você está lidando com essas coisas?
Diko Lobo – Muito boa pergunta. Sou totalmente a favor do uso da máscara, do distanciamento social, das pessoas terem que respeitar a distância nas repartições e também no supermercado. Em todo canto. Penso que os órgãos públicos deveriam até distribuir máscara, álcool em gel. Tem algumas instituições que já distribuem e penso que deveriam ter algumas lives e vídeos para mostrar a importância desses cuidados sanitários e de higiene.
Vivemos numa região muito pobre e com certeza muitas pessoas não estão com condição de comprar produtos para garantir sua higiene. Se tirar R$ 10,00 do orçamento da família desequilibra tudo, então seria importante que alguns órgãos pudessem garantir esse apoio as famílias mais carentes. Mas, vejo que de certa forma isso já acontece.
Vozdonorte – E o lockdown?
Diko Lobo – Sou super a favor do lockdown dentro de um plano bem traçado, pode ajudar muito. Mas, sou a favor também de uma reabertura intercalada do comércio, é uma preocupação minha porque sei que é de lá que as pessoas tiram seu sustento e a fonte de renda. Se lá atrás tivesse feito um lockdown organizado estaríamos com resultados bem favoráveis.
O governador Gladson Cameli está acompanhando a situação e tem agido de forma muita sensata, muito boa sua atuação como governante. Que todos possam pensar mais no próximo e agirmos com uma mão dupla onde um possa estar fazendo o melhor pelo seu amigo e ser humano com certeza vamos sair bem melhor dessa pandemia que tem causado tantos transtornos e sofrimentos à muitas famílias.
Vozdonorte – Nossa entrevista foi on line, muito grato pela atenção.
Diko Lobo – Agradeço de coração ao Voz do Norte pelo papo legal, de ouvir as opiniões e também avalio como muito importante os governantes agirem e se debruçarem dentro de um plano de combate a pandemia e nesse decorrer do plano onde for errando se vai consertando. É como um ato de cortar unha tem sempre que ir aparando e corrigindo alguma coisa.
A humanidade ganhou muito com três descobertas, os antibióticos, a água tratada e as vacinas. Quero lembrar que os profissionais de saúde merecem o nosso respeito, eles vivem nestes tempos uma grande batalha, o que esta turma tem enfrentado é uma guerra, arriscam as suas vidas e o mundo e a ciência devem muito a eles. Quero agradecer em nome de todos a eles.
Viva o rockn roll…